Pix é a segunda forma de pagamento instantâneo mais usada no mundo, diz pesquisa
Um estudo em parceria da ACI Worldwide com a GlobalData mostra que somente a Índia está à frente do Brasil nesse quesito
O Pix foi o segundo sistema de pagamentos instantâneos mais usado no mundo em 2022. No total, foram 29,2 bilhões de transações. Com o número, 15% das operações desse tipo em todo o planeta foram realizadas somente no Brasil.
Os dados são da pesquisa feita em parceria entre as empresas especializadas ACI Worldwide e GlobalData.
À frente do Brasil, somente a Índia teve mais operações desse tipo. Lá, foram 89,5 bilhões de transferências imediatas. Vale lembrar que, recentemente, o país asiático passou a ser o mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de habitantes, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
De acordo com o levantamento, o uso do Pix cresceu 229% entre 2021 e 2022. Assim, foi uma aceleração maior que a do sistema indiano, que teve aumento de 76%.
"Ao mostrar um panorama internacional, o trabalho evidencia quanto o Pix é uma política pública bem-sucedida e que está impactando positivamente a sociedade, trazendo eficiência e redução de custos para o país, e transformando a vida de milhões de pessoas e empresas", afirmou Mayara Yano, assessora sênior do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central.
"Apesar de [ele ser] mais recente do que pagamentos instantâneos de outros países, a adoção e o uso do Pix já deixam o Brasil como um dos líderes absolutos do setor", completou a especialista.
Top 5
Junto de Índia e Brasil, completam a lista dos maiores mercados globais em quantidade de pagamentos instantâneos no ano passado:
3º – China, com 17,6 bilhões de transações (crescimento de 0,9%).
4º – Tailândia, com 16,5 bilhões de transações (crescimento de 63,4%).
5º – Coreia do Sul, com 8 bilhões de transações (crescimento de 9,6%).
Projeções
Além disso, o trabalho prevê que a média de transações mensais do Pix por pessoas de 15 anos ou mais vai subir para 51,8 em 2027. Caso a expectativa se confirme, isso deixaria o Brasil na segunda posição nesse tipo de comparação, atrás apenas do Bahrein, que tem estimativa de 83,3 por mês em quatro anos.