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Elize Matsunaga deixa de trabalhar como motorista de aplicativo por julgamentos

Segundo o advogado, a mulher exerceu a profissão apenas por alguns dias

Por R7 05/05/2023 16h04
Elize Matsunaga deixa de trabalhar como motorista de aplicativo por julgamentos
Elize Matsunaga confessou ter matado e esquartejado o marido em 2012 - Foto: Reprodução

Em liberdade condicional, Elize Matsunaga deixou de trabalhar como motorista de aplicativo na cidade de Franca, no interior de São Paulo, por sofrer uma série de julgamentos, quase 11 anos após matar e esquartejar o marido e empresário, Marcos Matsunaga.

A informação foi confirmada pelo advogado dela, Luciano Santoro, ao R7 nesta sexta-feira (5). De acordo com ele, a profissão de Elize como motorista de aplicativo "durou apenas alguns dias".

"Acaba tendo uma repercussão muito grande, é tanta gente em cima, pesquisando, falando sobre... E cada corrida que ela fazia era uma foto diferente, é uma ampla exposição, então ela parou", revelou Santoro.

Elize Matsunaga era bem avaliada nas plataformas para as quais trabalhava. Uma passageira, entrevistada pela reportagem na época, revelou que a mulher é "muito educada, respeitosa e solícita".

Outro trabalho

Como Elize está em liberdade condicional, ela precisa exercer alguma atividade, mas, agora, sua renda é como costureira. O advogado contou que, antes, sua cliente trabalhava em uma fábrica de costura, mas ele não soube dizer se ela continua lá ou se está criando, concertando ou vendendo roupas por conta própria.

"Às vezes a gente troca mensagens, pergunto como ela está, mas não entramos em detalhes sobre tudo", mencionou.

Ressocialização

Que os egressos do sistema prisional sofrem julgamento não é novidade, mas quando o caso é de grande repercussão, como o de Elize, a situação fica ainda mais complicada.

Santoro alega que a cliente, com quem já trabalha há tantos anos, nunca teve problema de comportamento, fora ou dentro da prisão, mas as pessoas nunca vão esquecer o que ocorreu no passado, o que afeta o presente da mulher.

Para o defensor, a "ressocialização precisa passar por uma compreensão de que deveria ser uma tarefa de todos, para benefício da própria sociedade".

"Falando no geral, sobre todas as pessoas que já estiveram presas em algum momento, toda vez que a gente marginaliza uma pessoa, a tendência é que ela não consiga se adaptar e torne a praticar crimes. Quanto mais oportunidades legais dermos para que o indivíduo seja reintegrado à sociedade, melhor para todos", completou.