Lula pede pressa para conclusão de ferrovia antes de ‘coisa ruim’ voltar à Presidência
Sem citar Bolsonaro, presidente cobrou celeridade em obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste até o fim do seu mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta segunda-feira (3) da cerimônia de início das obras de um trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), em Ilhéus (BA), e pediu que a construção seja finalizada até o fim do mandato dele, em 2026, antes que uma “coisa ruim” assuma a Presidência e não conclua a ferrovia.
"Parem de dizer que vão entregar [a ferrovia] em 2027, vocês têm que entregar antes de 31 de dezembro de 2026. Façam um pouco de hora extra, trabalhem no fim de semana se for necessário, para que a gente possa inaugurar logo. Se não, a gente corre o risco de uma outra coisa ruim voltar nesse país e ela ficar parada outra vez", disse Lula.
O presidente não falou o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nos discursos de eventos oficiais desde que tomou posse, Lula tem evitado citar o adversário dele nas eleições de 2022, mas costuma se referir ao governo do ex-presidente usando outros termos. Nesta segunda, ele reclamou, por exemplo, que o Brasil “foi tomado pelo ódio e pela mentira” nos últimos anos.
“Nós agora estamos restabelecendo o país. Precisamos garantir para os empresários uma coisa chamada estabilidade. Estabilidade política, econômica, jurídica e social. Esse país, com tranquilidade, não é possível ter país que possa vencer o Brasil. Mas, para isso, é preciso ter um presidente que tenha caráter, credibilidade, que não minta, que converse com o povo”.
Ferrovia de Integração Oeste-Leste
As obras iniciadas nesta segunda são do lote 1F do primeiro trecho da FIOL. O lote 1F conta com 127 km de extensão e vai passar por Ilhéus, Uruçuca, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Aurelino Leal e Aiquara. As obras contam com investimento inicial da ordem de R$ 1,5 bilhão e têm previsão de durar 36 meses.
No total, a FIOL terá cerca de 1.527 km de extensão. A ferrovia vai ligar o futuro Porto de Ilhéus ao município de Figueirópolis (no Tocantins), ponto em que se conectará com a Ferrovia Norte-Sul.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o governo federal trabalham para a concessão dos outros dois trechos: a FIOL II, entre Caetité e Barreiras (BA), com obras em andamento, e a FIOL III, de Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO), que aguarda licença de instalação.
Segundo o governo, a integração ferroviária vai consolidar um corredor de escoamento de minério da região sul do estado e de grãos da região oeste. Quando estiver em plena operação, estima-se uma redução de 86% na emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.
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