'Se na Argentina tivesse centrão, não estava como está', diz Lira
O presidente da Câmara também defendeu a exigência de apoio de 20% dos parlamentares para possibilitar a apresentação de ADI
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta segunda-feira (6) a existência do centrão, bloco informal que reúne partidos de centro e centro-direita. "Gosto de puxar sardinha para os partidos de centro para dizer que, se na Argentina tivesse centrão, não estava como está", disse o deputado ao comentar a polarização nas eleições e a situação política.
Na avaliação de Lira, o grupo não representa a ala mais progressista nem a mais conservadora, e, por isso, consegue estabelecer debates mais moderados e que garantam votações importantes. "Não tem um lado nem outro, está ali sempre moderando e votando matérias mais difíceis. Econômicas, sociais, estruturantes", disse, durante evento do BTG Pactual.
Lira também comentou as eleições passadas. Sem criticar o eleitorado que apoia partidos com ideologias mais progressistas e conservadoras, o parlamentar citou a polarização. "Vivemos e participamos de uma eleição polarizada ao extremo. A ponto de essas discussões terem acontecido com consequências danosas, como foi o 8 de Janeiro."
O deputado comentou as disputas municipais do ano que vem. "Tende a ser uma eleição mais localizada que nacionalizada, e espero que seja assim. Quanto mais o eleitorado escolhe bons gestores para as cidades, onde nós vivemos, melhor para os brasileiros."
Mudanças para apresentar ADI
Durante a participação no evento, Lira também defendeu a necessidade de o Congresso estabelecer maior rigor na apresentação de ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) ao Supremo Tribunal Federal. Ele afirma que, muitas vezes, um único partido ou parlamentar fere a decisão da maioria ao questionar aprovações do Congresso por meio desse instrumento.
"Temos que subir o sarrafo da proposição de ADIs. Ou seja, partido político para apresentar ADI, respeitar a democracia, que é a vontade da maioria, tem que ter pelo menos 20%, ou apoio de 20%, para propor que aquela lei aprovada pela sua totalidade seja modificada", sugeriu Lira, e afirmou já ter falado sobre essa necessidade de debate com o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Lira também comentou o atual debate no Senado em relação a proposições que restringem poderes do STF. Ele afirmou que há, entre os senadores, uma "vibe da independência do Poder Legislativo, aumento das prerrogativas ou superação de prerrogativas perdidas ao longo do tempo", o que, na avaliação de Lira, "é salutar".
No entanto, Lira não quis prever como a Câmara deverá se posicionar quando o tema chegar à análise dos deputados. "Não sou dono nem chefe da Câmara. Apenas reúno pensamento médio de todos os líderes e de todos os partidos e encaminho votações com o sentimento que a Casa representa naquele momento".
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