CGU conclui que registro de vacinação contra Covid-19 de Bolsonaro é falso
Segundo investigação, o ex-presidente não estava em São Paulo no dia da suposta vacinação

A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que o registro de vacinação contra a Covid-19 no cartão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro é falso. Para o órgão, há “inconsistências nos registros” das informações que foram enviadas pelo Ministério da Saúde. As investigações, contudo, não apontam de quem é a responsabilidade pela fraude no documento.
Em maio do ano passado, Bolsonaro foi alvo da Operação Venire, da Polícia Federal, sobre o suposto esquema de falsos registros de vacinação. A investigação apurou se Bolsonaro teria sido imunizado em São Paulo, em 2021, e em Duque de Caxias (RJ), em 2022. Na ocasião, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso pela Polícia Federal. Ele saiu da prisão em setembro de 2023, após firmar um acordo de delação premiada.
As investigações apuraram, por meio de informações fornecidas pela Força Aérea Brasileira (FAB), que o ex-presidente não estava em São Paulo no dia da suposta vacinação, em 19 de julho de 2021. Ele teria voado da capital paulista para Brasília (DF) um dia antes e não teria feito nenhum outro voo até pelo menos dia 22 de julho de 2021.
As informações do lote da vacina também despertaram desconfiança dos investigadores. Isso porque o lote do imunizante que teria sido aplicado em Bolsonaro não estava disponível na data na UBS paulista em que teria ocorrido a vacinação. A CGU também concluiu que o esquema não teve participação de servidores do Ministério da Saúde.
Durante as investigações, também foram ouvidos servidores que estavam trabalhando na unidade de saúde no dia da suposta vacinação. Todos negaram terem visto o ex-presidente no local. Os livros físicos mantidos pela UBS para registro da vacinação também não informam se Bolsonaro esteve no local no dia 19 de julho de 2021.
"Na investigação conduzida, foram ouvidas diversas pessoas que trabalhavam na UBS Parque Peruche, em São Paulo (SP). Os auditores tomaram, inclusive, o depoimento da enfermeira indicada no cartão de vacinação como aplicadora do imunizante, mas essa negou que tenha feito tal procedimento. E ainda, afirmou que não trabalhava mais na Unidade naquela data, o que foi confirmado por documentos", informou o órgão em nota.
Os resultados das investigações serão encaminhados às autoridades do estado e do município de São Paulo para adoção de providências.
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