Abin foi usada para interferir em investigação sobre Jair Renan, diz PF
PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva contra pessoas que teriam participado do suposto esquema de espionagem

Em relatório enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), a PF (Polícia Federal) informou que os policiais federais que atuavam na Abin (Agência Brasileira de Inteligência), sob a direção de Alexandre Ramagem, utilizaram-se das ferramentas da agência para serviços “ilícitos e para interferir em diversas investigações da Polícia Federal, como, por exemplo, para tentar fazer prova a favor de Renan Bolsonaro”, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“As ações de ‘inteligência’ realizadas não deviriam deixar rastros, razão pela qual a então alta gestão decidiu que não haveria difusão do relatório, ao tempo diligência solicitada pelo GSI diretamente para a Direção-Geral da Abin. Noutros termos, o presente evento corrobora a instrumentalização da Abin para proveito pessoal. Neste caso o intento era fazer prova em benefício ao investigado Renan Bolsonaro”, diz a PF.
Mais cedo, a PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva contra pessoas que teriam participado do suposto esquema de espionagem ilegal e também sete mandados de busca e apreensão. Os mandados foram expedidos pelo STF. A ação policial ocorreu nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora (MG), Salvador e São Paulo.
A PF diz que os alvos dos mandados faziam parte de uma organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas. O grupo também usava os sistemas da Abin para produzir notícias falsas, segundo a Polícia Federal. Ainda conforme a PF, a organização criminosa acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para fazer a espionagem. Também teriam sido criados perfis falsos pelos integrantes do suposto esquema.
No parecer sobre o caso, a Procuradoria-Geral da República indicou que “elementos indicativos de condutas graves praticadas pelos requeridos”, mas defendeu que não haveria fatos “novos ou contemporâneos” que justificassem a prisão e opinou pela decretação de medidas cautelares diversas, como tornozeleira, por exemplo.
A Polícia Federal apontou a necessidade das prisões por conta da gravidade das condutas atribuídas aos investigados, risco de reiteração criminosa e necessidade de resguardar as investigações. O ministro atendeu o pedido. Ainda segundo a PF, membros do esquema ilegal de espionagem com a estrutura da Abin rastrearam autoridades públicas como os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
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