Elas foram a principal fonte de renda para as costureiras durante a pandemia. Desde que foi reconhecida como um das armas para combater o coronavírus, as máscaras se tornaram comuns no cotidiano das pessoas. A demanda por elas era enorme no começo da pandemia, o que garantiu o emprego e o sustendo de muita gente.

No entanto, apesar da obrigatoriedade do uso de máscaras continuar e a pandemia não estar totalmente controlada, a venda delas caiu bastante na cidade de Palmeira dos Índios. É o que relatam as costureiras da região.

Jucinede Nicácio, tem um ateliê de alta costura no centro da cidade e viu suas encomendas acabar no começo da pandemia. “As máscaras foram a única coisa produzida durante esse período. Cheguei a produzir duas mil máscaras em uma semana, tinha encomendas para cidades vizinhas e até para Aracaju. Foi a salvação, pois todos os meus pedidos foram cancelados, tinha noiva que estava de casamento marcado e todos os vestidos já tinham sido alugados. Tive que devolver todo o dinheiro. Hoje em dia não há mais pedido de máscara e praticamente não estou vendendo mais.” Disse a costureira.

A costureira Jucineide Nicácio em seu ateliê. Foto: Arquivo pessoal. 

Já a confeccionista Maria José mantinha uma fábrica de artigos de cama, mesa e banho. Com a pandemia, houve dificuldade para adquirir matéria-prima porque os fornecedores fecharam ou diminuiram a produção. “O jeito foi sobreviver com as máscaras, vendemos muitas máscaras. Porém hoje a venda é praticamente zero. Só quando uma firma faz uma encomenda, mas é difícil.”

USO AINDA É RECOMENDADO

Mesmo com a vacinação avançada contra a covid-19 no Brasil, a pandemia causada pela doença continua e toda a população deve seguir com os cuidados de distanciamento, com a higiene e o uso da máscara para evitar a contaminação. A utilização correta de um dispositivo de proteção respiratória, como as máscaras, pode contribuir para minimizar a contaminação pelo vírus e por outros agentes infecciosos.