Criança de 5 anos será ouvida em inquérito sobre a morte de Maria Katharina em Palmeira dos Índios
Para polícia, irmão da vítima pode contar detalhes do que aconteceu antes de menina ser encontrada morta
As investigações sobre a morte da menina Maria Katharina Simões da Costa, 10, encontrada morta no início de julho prossegue com a oitiva do irmão da vítima, uma criança de apenas 5 anos de idade.
O menino será submetido a uma escuta especializada para que a polícia tenha mais informações sobre os fatos que antecederam a morte da irmã.
Na escuta especializada, a criança ou adolescente que é vítima ou testemunha de ato violento, é entrevistada por equipe formada por profissionais da saúde, psicologia e assistência social, com o objetivo de proteger e cuidar da vítima, como estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente.
Relembre o caso
A menina Maria Katharina foi encontrada morta dentro do estábulo de cavalos na propriedade rural da família dela, no povoado Moreira, zona rural de Palmeira dos Índios, na tarde de 08 de julho de 2024.
Ela havia sido deixada sozinha no local pelos pais, que levaram o irmão mais novo dela para a UPA, após ele se machucar durante uma brincadeira.
Segundo as investigações da Polícia Civil, as duas crianças estavam brincando no estábulo, quando o menino teria sofrido uma queda em cima de uma tábua e se ferido com um prego.
Conforme o relato dos pais, após eles retornarem com o filho menor para casa, eles encontraram a menina enforcada. A menina foi retirada do local e levada para a UPA, que atestou o óbito.
O caso chegou a ser noticiado como um provável suicídio, mas tanto pela pouca idade da menina, como por alguns detalhes do caso, levaram a polícia a investigar a hipótese de assassinato, apesar de o laudo do IML confirmar que a causa da morte foi asfixia por enforcamento e não encontrar outras lesões na criança.
Dias após a morte da menina, a mãe dela ingressou na Justiça com um pedido de medida protetiva de urgência contra o esposo, pai de Maria Katharina.
Os pais, parentes e professoras da escola onde a menina estudava já foram ouvidos durante as investigações e a polícia planeja também fazer uma reprodução simulada para reconstituir a morte da criança. A possibilidade de exumação do corpo, para a realização de exames complementares, não está descartada.