Policial militar que fugiu após a namorada ser encontrada morta em hotel alega inocência
Segundo advogado, feirante usou a arma do PM para cometer suicídio
O sargento do 10° Batalhão da Polícia Militar, que está respondendo a inquérito policial pelo feminicídio da namorada, a feirante Solange da Silva, encontrada morta em um quarto de hotel em Palmeira dos Índios no último dia 20, alegou inocência quando se apresentou à polícia na última terça-feira (26).
De acordo com o advogado dele, Cícero Pitta, Solange teria usado a arma do militar para atirar em si própria em um momento em que ele estava fora do quarto de hotel.
Em depoimento, o PM afirmou que estava com a vítima no hotel quando recebeu um telefonema do irmão, que informou sobre a chegada de um carregamento de melancia no seu estabelecimento. Segundo o acusado, a vítima achava que a ligação era de uma mulher, eles conversaram e em seguida ele saiu do quarto para receber a carga de melancia.
Ele teria caminhado cerca de 20 metros quando ouviu os tiros e então percebeu que havia esquecido sua arma de fogo dentro do quarto da Solange. Ao retornar, precisou arrombar a porta, que estava fechada por dentro, para poder entrar no quarto e encontrou o corpo da namorada.
Depois disso, ele saiu desesperado do local. O policial militar teria encontrado uma pessoa - cujo nome não foi revelado - contado o ocorrido e pedido para essa pessoa chamar a polícia, e então teria retornado para casa dele.
O PM tomou a decisão de se esconder, conforme o advogado após "erradamente" ouvir conselho de amigos, que disseram que ele seria acusado de feminicídio. O advogado afirmou ainda que, em 32 anos de carreira militar, o investigado não havia respondido a nenhum processo.