Polícia Civil avança na investigação da morte do adolescente Gabriel Lincoln em Palmeira dos Índios
Delegado Sidney Tenório afirma que reconstituição e depoimentos serão decisivos para conclusão do inquérito ainda em agosto
O delegado Sidney Tenório concedeu uma coletiva de imprensa na noite desta terça-feira (15), para atualizar o andamento das investigações sobre a morte do adolescente Gabriel Lincoln, ocorrida no dia 3 de maio, durante uma ação da Polícia Militar no bairro Vila Maria.
Segundo a versão inicial apresentada pela PM, Gabriel empinava uma motocicleta e teria desobedecido à ordem de parada dos policiais. Ainda de acordo com os agentes, o jovem teria sacado uma arma e efetuado disparos, sendo baleado durante a reação da guarnição. Gabriel não resistiu aos ferimentos.
No entanto, a família da vítima contesta a versão oficial. Parentes afirmam que o adolescente não estava armado e acusam os policiais de uso excessivo da força. O caso gerou grande repercussão, inclusive nacional.
A Polícia Civil segue à frente do inquérito e prepara a reconstituição da ocorrência. Segundo o delegado Tenório, cerca de 15 testemunhas já foram ouvidas e novas perícias estão em andamento.
"Tanto eu quanto o delegado João Paulo estamos analisando o inquérito com o máximo de responsabilidade. A busca aqui é pela verdade real. Não se trata de acusar ou defender ninguém, mas de entender com exatidão o que ocorreu naquela noite" afirmou Tenório.
A reprodução simulada da abordagem será uma das etapas cruciais na apuração. O delegado destacou a importância da participação dos policiais envolvidos na ação, embora tenha dito que o procedimento ocorrerá mesmo sem a presença deles, com base nos relatos das testemunhas.
"A simulação é uma ferramenta importante. Queremos avaliar se a versão apresentada pelos agentes é viável diante dos elementos colhidos. Caso eles não compareçam, trabalharemos com os depoimentos já registrados" explicou.
Questionado sobre a repercussão do caso, Tenório reconheceu a complexidade da situação.
"Estamos lidando com agentes públicos e com a perda da vida de um jovem. Isso exige responsabilidade redobrada. Se ficar comprovado algum excesso ou intenção dolosa, o caso será encaminhado ao Ministério Público, que decidirá pela denúncia, e caberá à sociedade de Palmeira dos Índios julgá-lo no Tribunal do Júri" concluiu.
A expectativa da Polícia Civil é concluir o inquérito até o fim de agosto e encaminhar os resultados ao Ministério Público e ao Judiciário.
*Estagiário sob supervisão
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