Justiça

Trio é condenado a 14 anos de prisão por matar filho de policial em Palmeira dos Índios

Outros dois réus foram absolvidos das acusações por falta de provas

Por 7Segundos 05/11/2025 08h08 - Atualizado em 05/11/2025 08h08
Trio é condenado a 14 anos de prisão por matar filho de policial em Palmeira dos Índios
Lucas foi assassinado em fevereiro de 2021 - Foto: Reprodução

O Tribunal do Júri de Palmeira dos Índios condenou, nesta terça-feira (4), três homens acusados de assassinar Lucas Santos Lima em fevereiro de 2021. A sentença, de 14 anos de prisão para cada um dos condenados, foi resultado de um julgamento marcado pela atuação equilibrada do Ministério Público de Alagoas (MPAL), que também pediu a absolvição de dois réus por falta de provas. Lucas Santos de Lima tinha de 25 anos e era filho de um policial militar. 

De acordo com a denúncia, Alã Richard, conhecido como “Telinho”, Afonso Henrique Lopes Dias, o “Mago”, e Herbert Gomes da Silva, apelidado de “Jacaré”, invadiram a casa da vítima, no bairro São Francisco, e executaram Lucas enquanto ele dormia. Foram cerca de oito disparos de arma de fogo à queima-roupa, impossibilitando qualquer reação.

Durante o julgamento, o promotor de Justiça João de Sá Bomfim Filho destacou a crueldade do crime e a motivação passional. Segundo as investigações, o homicídio teria sido planejado por ciúmes, já que Lucas mantinha um relacionamento com a ex-namorada de “Telinho”.

“Esse júri demonstra que o Ministério Público não atua apenas para acusar, mas para buscar a justiça em sua essência. Pedi a absolvição de dois réus não por acreditar em sua inocência, mas por entender que não havia provas suficientes para condená-los. Já quanto aos outros três, as evidências eram incontestáveis”, afirmou o promotor.

Enquanto Alã e Afonso entraram na residência e atiraram contra Lucas, Herbert teria ficado do lado de fora, imobilizando o padrasto da namorada da vítima para garantir a execução do plano criminoso.

Os outros dois acusados, identificados como Vagner Firmino dos Santos (“Gaiola”) e Diego Pereira da Silva (“Burreco”), foram absolvidos após o Ministério Público reconhecer a ausência de provas concretas que os ligassem ao assassinato.