Justiça

Leopoldo Pedrosa é condenado a 13 anos de prisão por assassinato de corretor de imóveis

Julgamento ocorreu nesta quarta-feira (26) no Fórum de Marechal Deodoro

Por 7Segundos 26/11/2025 18h06 - Atualizado em 26/11/2025 18h06
Leopoldo Pedrosa é condenado a 13 anos de prisão por assassinato de corretor de imóveis
Ex-prefeito de Marimbondo enfrenntou júri popular nesta quarta-feira (26) - Foto: Assessoria MPAL

O ex-prefeito de Maribondo, Leopoldo César Amorim Pedrosa, foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo assassinato do corretor de imóveis Gerson Gomes Vieira, em 2015. O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (26) no Fórum de Marechal Deodoro, na Região Metropolitana de Maceió.

O Conselho de Sentença reconheceu que Leopoldo mandou matar Gerson após um desentendimento envolvendo a venda de um imóvel avaliado em R$ 800 mil. A vítima teria cobrado a comissão de R$ 40 mil quando foi executada. O corpo de Gerson foi encontrado em avançado estado de decomposição em um canavial.

Durante o depoimento, Leopoldo negou qualquer participação no crime e buscou descaracterizar a motivação apresentada pela acusação. Ele afirmou manter uma relação de confiança e amizade com Gerson, chegando a nomeá-lo gerente de uma de suas franquias. “Gerson não merecia isso. Era uma pessoa confiável, um grande ser humano”, disse ao júri. “Eu não tinha nada contra o Gerson. Ele era maravilhoso no que fazia. Um amigo.”

O réu também alegou que o corretor vinha sendo ameaçado por um homem identificado como Fernando, supostamente envolvido em disputas imobiliárias. Segundo Leopoldo, ele teria presenciado ligações com tom de ameaça enquanto ambos estavam dentro do carro.

Em um momento que gerou repercussão entre os presentes, Leopoldo tentou atribuir possíveis conflitos a sua ex-mulher, afirmando que ela seria a única pessoa da família que mantinha atritos com a vítima.

Leopoldo ainda recorreu a argumentos políticos para reforçar sua versão. “Para o senhor ver como sou inocente: depois de tudo isso, a minha mãe foi eleita prefeita de Maribondo com apoio de nove vereadores. Se eu fosse uma pessoa ruim, isso aconteceria?”, disse, dirigindo-se ao promotor.