Política

Deputado compara demarcação de terras em Palmeira dos Índios ao afundamento do solo em Maceió

Cabo Bebeto se colocou contra o processo tocado pela Funai e disse que os palmeirenses são mal representados

Por Felipe Ferreira 15/12/2025 12h12
Deputado compara demarcação de terras em Palmeira dos Índios ao afundamento do solo em Maceió
Cabo Bebeto se colocou contra o processo de demarcação de terras em Palmeira dos Índios - Foto: Assessoria

O deputado estadual Cabo Bebeto (PL) comparou o processo de demarcação de terras em Palmeira dos Índios tocado pela Funai ao afundamento do solo de parte de Maceió em razão da exploração de sal-gema pela mineradora Braskem. O crime ambiental atingiu cerca de 60 mil pessoas.

Nas redes sociais, o parlamentar afirmou que poucos políticos têm se envolvido nesse processo e disse que o estado é mal representado.

“Eu comparo essa situação com a questão da Braskem aqui em Maceió. E o que chama a atenção também é o envolvimento e a preocupação de pouquíssimos políticos alagoanos. Poucos senadores, poucos deputados federais, estaduais pouquíssimos, até vereadores de Palmeira dos Índios. Poucos têm se debruçado para tentar mudar essa realidade que se aproxima cada vez mais do palmeirense”, disse.

Segundo o parlamentar, a impressão que passa é que o município não faz parte de Alagoas. “Tem hora que parece que Palmeira dos Índios não faz parte de Alagoas. Infelizmente nós somos muito mal representados”.

O comentário de Bebeto acontece após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, na última quarta-feira (10), repercutir o tamanho da demarcação de terras em Palmeira dos Índios.

“É um modelo que provoca um conflito, insurreição e resistência”, disse o ministro sobre o projeto que pretende demarcar dois terços de Palmeira dos Índios.

Segundo a Funai, as terras que devem ser demarcadas e entregues à população Xukuru-Kariri é de aproximadamente 7 mil hectares.

O processo de demarcação de terras no município tem sido alvo de protestos por parte de pequenos produtores e de alguns políticos locais. Adeilson Bezerra, presidente estadual do Solidariedade, tem se colocado à frente das discussões contra a demarcação.