José Ventura

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José Ventura

Eleição e a Sanha Política

04/10/2014 10h10

De todos sabido que a criatura humana é dotada de razão, emoção e paixão.Toda, sem exceção. Até a mais fria e insensível pessoa sente necessidade de manifestar seus encantos ou desencantos com esse ou aquele candidato ou partido político.

Essa manifestação é escolhida pelo falar ou escrever, pelo postar ou compartilhar vídeos reais ou montados, pela reprodução de pensamentos e frases que se alinhem com a vontade pessoal. Tudo isso se faz com a égide da Constituição Federal que firma o direito de livre expressão.

Há, porém, quem confunda liberdade de expressão com libertinagem de expressão, e em nome daquela promove mentiras, calúnias, injúrias danificando a alma da Carta Cidadã, no que pertine aos direitos individuais do cidadão.

A sanha é tão forte que alguns chegam a descambar para agressões morais numa candente volúpia ofensiva.

Outros são levados pelo arrastão de uma onda tsunâmica e se aliam, sem a menor noção do que falam, aos assanhados cortesões da paixão, a ponto de causar risos pela infantil tolice que escreveram ou postaram. Cegos no cinema mudo divertindo-se com o empréstimo das gargalhadas alheias.

Mas a eleição é a festa da democracia. É o livre pensar, é o livre escolher, é o florir das passarelas onde desfilarão candidatos sem máscaras e outros mascarados. Todos são expostos aos olhos do eleitor para arbitrar livremente seu voto em quem desejar.

Aqui está plantada toda força de um sistema republicano com o poder nascendo do povo, exercido pelo povo e para o povo. A DEMOCRACIA.