Blog do André Avlis

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OPINIÃO: Se eu fosse Tite, manteria o time que venceu a Coréia do Sul

Alex Sandro volta a treinar e Seleção pode ter contra a Croácia a mesma escalação da estreia

08/12/2022 06h06 - Atualizado em 08/12/2022 07h07
OPINIÃO: Se eu fosse Tite, manteria o time que venceu a Coréia do Sul

Um retorno e mais uma possibilidade.

No treino dessa quarta-feira (7), o lateral-esquerdo Alex Sandro voltou a treinar com os demais jogador da seleção brasileira. O jogador participou da atividade tática com o time. No entanto, não participou dos trabalhos com choques e impactos mais fortes.

Brasil e Croácia se enfrentam nesta sexta-feira (9), às 12h, no Estádio da Educação, pelas quartas de final da Copa do Mundo.

Com o possível retorno do camisa 6, o técnico brasileiro volta a ter seu time titular - o da estreia - à disposição.

Se eu fosse Tite, não mudaria e manteria o time que iniciou o jogo contra a Coreia do Sul com: Alisson; Militão, Marquinhos, Thiago Silva e Danilo; Casemiro e Paquetá; Neymar, Vini Jr, Raphinha e Richarlison.

Olhando além do placar elástico e do ótimo rendimento, do plano de jogo e da dinâmica de movimentação do time brasileiro foram extremamente determinantes para produzir o resultado.

Com Danilo na lateral-esquerda, o posicionamento na saída de bola e nas construções das jogadas mudou.

Thiago, Marquinhos e Militão formavam a primeira linha na 'saída de três' para iniciar as jogadas. Com isso, o lateral se deslocava para o meio para se unir a Casemiro para o jogo de sustentação. Dessa forma, o time variava seu sistema para 3-2-5.

Paquetá como segundo homem de meio-campo tinha a possibilidade de se adiantar, jogar entrelinhas e entrar na última linha. Neymar, com liberdade para flutuar dos dois lados, se posicionava mais próximo da linha de ataque, fazendo com que o Brasil criasse igualdade e superioridade numérica.

Os pontas, Vini e Raphinha, funcionavam como construtores. Além de produzirem amplitude, alargando o campo, e a partir das jogadas individuais buscando a profundidade, os jogadores criavam situações ofensivas da beirada para o meio.

Richarlison se movimentava entre os zagueiros, atacava a profundidade e se deslocava criando espaços para que existisse infiltrações e ultrapassagens.

Todo esse mecanismo fez o Brasil ter variações e muito repertório. Entre jogadas pelos corredores laterais, situações de x1, bolas diagonais invertidas, aproximação e superioridade na zona da bola. 

O Brasil defendeu atacando na ação eficiente do perde pressiona, recuperando a bola no campo de ataque. A progressão e a compactação das linhas foram efetivos na dinâmica.

Na ação defensiva, o time marcou com duas linhas de quatro. O que chamou atenção - além da velocidade na recomposição - foi o auxílio dos pontas para dobrar a marcação nos corredores laterais. 

A Seleção foi um time agressivo, efetivo e objetivo. 

É lógico que cada jogo é um jogo e a Croácia tem um time mais forte. No aspecto tático e físico. No entanto, o funcionamento da equipe dentro das variações deste sistema produziu recursos e mecanismos que proporcionaram um grande repertório.

Por isso, se eu fosse Tite, manteria o time que venceu a Coréia do Sul.

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