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Tardelli lamenta saída de Ronaldinho, mas vê Guilherme à altura: 'Sempre entra bem'

Por Placar 02/08/2014 13h01
Tardelli lamenta saída de Ronaldinho, mas vê Guilherme à altura: 'Sempre entra bem'
Tardelli quer tirar o Galo da fila no Campeonato Brasileiro - Foto: Washington Alves / Getty Images

100 gols, um título de Libertadores, outro de Recopa Sul-Americana, e Diego Tardelli continua com fome.

O atacante, que recentemente chegou ao centésimo tento com a camisa do Atlético-MG, já esboça os próximos - e ambiciosos- passos.

Em entrevista, Tardelli estipula os seus objetivos mais imediatos: um lugar no top 10 de goleadores do Galo; uma vaga na seleção brasileira, e o título nacional. Fala também sobre Ronaldinho Gaúcho.

Para ele, o ex-melhor do mundo foi o 'ponto de virada' na história do time mineiro. Mas sua saída, efetivada na última semana, não deixará um clarão tão grande no Galo: "Temos o Guilherme, que sempre entra bem."

Há pouco mais de um ano, em entrevista à PLACAR, você sugeriu que uma de suas principais metas era chegar aos 100 gols pelo Galo. Não só chegou, como superou (são 101). E agora, está saciado ou tem algum outro grande objetivo traçado?
Quero ficar entre os dez maiores artilheiros da história do Atlético-MG (hoje é o 16º), tenho mais três anos de contrato e acho que posso chegar. Quero também ser campeão brasileiro ainda este ano.

O que se viu na Libertadores de 2014 foi um Galo mais fragilizado em relação a 2013, quando o time ergueu a taça. O que aconteceu para o atual campeão sul-americano não ter ido além das oitavas de final?
(Na Libertadores de 2014) não estávamos tão empolgados. Em 2013, tinhamos uma obsessão muito grande de ganhar, já que seria o nosso primeiro título. Estávamos com a adrenalina lá em cima. Neste ano, não entramos na disputa tão preparados, focados.

Dá para dimensionar o quanto a saída do Ronaldinho pode atrapalhar os planos do Atlético-MG para 2014?
Não vai atrapalhar. Temos o Guilherme, que sempre entra bem. O Ronaldinho faz falta pela sua experiência, liderança em campo. Mas nós comprovamos que, mesmo sem ele, temos um elenco forte. Todos sabiamos que (a saída do Ronaldinho) ia acontecer, por isso nos preparamos.

Por tudo o que representou nesses pouco mais de dois anos, é possível dizer que o Ronaldinho é o jogador mais importante da história do Galo?
O Ronaldinho mudou a cara do Atlético-MG. Antes, era uma coisa, com ele, outra. A visibilidade que o clube ganhou foi enorme. Vimos isso nos jogos fora de casa. O reconhecimento, o respeito dos rivais e dos torcedores era diferente.

O time se arrumou com o Levir Culpi?
A experiência do Levir ajuda. Ele deixa a gente se resolver em campo, nos dá essa liberdade. É menos tático e mais motivacional. Mas não acho que o time tenha mudado tanto desde que o Cuca saiu. É que estávamos mais acostumados ao estilo do Cuca, aquela 'bagunça organizada'. O Paulo (Autuori) foi um dos melhores técnicos que já tive, mas não deu certo no Atlético-MG.

Você teve chances com o Dunga em 2008, mas depois foi deixado de lado. Acha que com esse retorno à seleção brasileira suas chances de ser lembrado aumentam?
Estou muito empolgado com o retorno do Dunga à seleção. Acho, sim, que posso ser convocado, até porque ainda tenho 29 anos. Fico na expectativa de aparecer nessa primeira lista (Nota da Redação: Dunga convoca para o amistoso contra a Colômbia no dia 19 de agosto). Por enquanto, sigo fazendo o meu trabalho no Atlético-MG.

O Atlético-MG é apenas o 11º colocado no Brasileirão. Ainda dá para pensar em título?
Temos que voltar a vencer. Emplacar três, quatro vitórias seguidas para subir na tabela. É necessário vencer também fora de casa. Pensamos sempre no título. Somos um dos times mais fortes do Brasileiro, então a meta é brigar no topo da tabela.