João havelange: Longe dos holofotes, ex-presidente da FIFA comemora 100 anos

João Havelange chega aos 100 anos vivendo uma vida reservada no Rio de Janeiro. O ex-presidente da Fifa não consegue mais andar sem bengala e o auxílio de assistente que o acompanha a todo instante. No entanto, segundo o ex-técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, a saúde mental está em bom estado.
"O último encontro que tive com ele foi pouco antes do Natal. Sei que ele está indo bem, com os problemas da idade, mas tem a ajuda de enfermeiro e está bem. Ele está lúcido. Falamos de futebol, mas de maneira superficial. Só que ele está sempre ligado, acompanha tudo", contou Parreira ao LANCE!.
Por problemas pulmonares, João Havelange chegou a ficar internado durante alguns dias no Hospital Samaritano, em Botafogo, no fim de novembro do ano passado.
Morador de Ipanema, na Zona Sul, Havelange visitou a CBF pela última vez em agosto de 2014, ainda com José Maria Marin solto e no poder. Na ocasião, Havelange visitou o museu da CBF e almoçou com dirigentes, entre eles Marco Polo Del Nero.
MEMÓRIA - VIDA E OBRA DE JOÃO HAVELANGE
Atleta
Carioca de origem belga, Havelange foi atleta do Fluminense. Como nadador, participou da Olimpíada de Berlim (1936). Na equipe de polo aquático, participou dos Jogos de Helsinque (1952) e Melbourne (1956).
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CBD
Havelange foi presidente da Confederação Brasileira de Desportos, antecessora da CBF, entre 1956 e 1974. Durante o período, a Seleção Brasileira venceu três Copas.
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Fifa
Foi eleito presidente da Fifa em 1974, derrotando o inglês Stanley Rous. Ficou, ao todo, 24 anos no comando da entidade, deixando Joseph Blatter como herdeiro. Fez a Fifa passar a arrecadar muito dinheiro e expandiu o futebol pelo mundo. Virou presidente de honra e ostentou o cargo até 2013. Renunciou à função para evitar punição em decorrência do caso de recebimento de propina da empresa ISL
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COI
Entrou para o COI em 1963 e, virou um dos mais influentes cartolas. Renunciou em 2011 pelo mesmo motivo que deixaria a Fifa em 2013.
Poucos lembram, mas João Havelange teve um papel decisivo na eleição que deu ao Rio de Janeiro o direito de ser a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Mesmo tendo deixado o cargo de presidente da Fifa em 1998, ele ainda não tinha seu prestígio angariado ao longo dos 24 anos em que comandou o futebol mundial destruído pelas denúncias de corrupção e propina. Em 2009, acredite, tinha peso de ouro contar com a "benção" de Havelange.
Em outubro daquele ano, nos dias que antecederam a eleição em Copenhague, o dirigente - que se orgulhava de ter mais países filiados à Fifa do que a ONU - usou de sua influência de membro do Comitê Executivo do COI para convencer seus integrantes a escolherem o Rio. Ironicamente, hoje nem o estádio olímpico do Engenhão conta mais com seu nome.
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