Nadadora brasileira garante fbronze na maratona aquática feminina
Após quase duas horas de prova, Poliana Okimoto superou dificuldades e traumas passados para conseguir a medalha de bronze da maratona aquática feminina, graças a desclassificação da francesa Aurelie Muller, por um movimento ilegal na hora da chegada. Em entrevista ao "SporTV", ainda emocionada, a brasileira relembrou Londres 2012, quando teve hipotermia e não conseguiu terminar a prova para ressaltar a superação que teve para a Rio 2016. A nadadora também revelou que ficou sem se alimentar na parte final da prova.
- Em Londres foi uma experiência difícil e esse ano tentei deixar de lado isso, porque tinha previsão da água estar fria, o mar mexido. Tentei esquecer isso, minha psicóloga ajudou a esquecer o passado e a pensar no futuro. Treinei em água fria, me preparei para tudo. Estava preparada para qualquer tipo de mar em Copacabana. Mas Deus é brasileiro, e ele deixou o mar tranquilo, com temperatura boa. Fiz a melhor prova da vida, fui muito concentrada. No final não consegui me alimentar, mas fui com coragem e ali já estava morta. Mas no "sprint" final ainda consegui ter um gás e foi muito bom. Experiência única - afirmou.
Questionada sobre o sentimento de finalmente conseguir uma medalha olímpica, na sua terceira participação nos Jogos, Poliana não segurou o choro e fez questão de agradecer a todos que estiveram ao seu lado em todo este ciclo olímpico.
- Estava olhando para a medalha e não estava acreditando. A gente treina tanto e espera por esse momento que quando chega a gente nem acredita. Demora para cair a ficha. Dediquei tantos anos para a natação. Sem falsa modéstia, mas mereci muito. Construi a cada dia, cada treino, então foi merecido. Quero só agradecer a todo mundo, quem me ajudou, os profissionais que trabalham comigo, minha família. Sem eles não seria nada possível - disse.