Polícia

Número de mortes violentas cai 11,88% em Alagoas

Os dados foram divulgados nesta quarta (27) pela Secretaria da Defesa Social<br />

28/02/2013 05h05
Número de mortes violentas cai 11,88% em Alagoas
Regina Miki apresentou o balanço dos oito meses de funcionamento do Programa Brasil Mais Seguro, jun
Alagoas registrou, nos oito meses de funcionamento do Programa Brasil Mais Seguro, redução de 11,88% no número de mortes violentas (crimes violentos letais intencionais), resultando na preservação de 186 vidas. De acordo com as estatísticas divulgadas nesta quarta (27) pela Secretaria da Defesa Social, no período de 27 de junho a 27 de fevereiro, foram registradas 1.379 mortes, contra 1.565 no mesmo período anterior.

Na capital, a queda do índice de mortes violentas foi ainda maior: 23,03%, com o registro de 488 mortes, contra 634 entre junho de 2011 e fevereiro de 2012. No município de Rio Largo, também houve uma pequena redução (1,67%), com a ocorrência de 59 mortes contra 60 casos nos últimos oito meses.

As estatísticas apontam ainda para queda significativa no número de mortes no período de Carnaval deste ano (166), com redução de 25% em relação a 2012 (222) em todo o Estado. “Estamos traduzindo com transparência a realidade do número de homicídios em Alagoas”, ressaltou a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki. Ela apresentou o balanço dos oito meses de funcionamento do Programa Brasil Mais Seguro, junto com o secretário da Defesa Social, Dário Cesar.

Segundo Regina Miki, nunca houve em todo o País uma redução tão acentuada do índice de mortes violentas em período tão curto, como a registrada no Estado de Alagoas nos últimos oito meses. “O propósito do programa Brasil Mais Seguro é poupar vidas e hoje voltamos a registrar uma curva descendente do índice de mortes”, disse, lembrando que apenas em janeiro, ocorreu uma pequena alta nos casos de homicídios.

Com relação a diferenças de números apontadas nas estatísticas de mortes violentas, a secretária Regina Miki explicou que a Secretaria da Saúde faz o registro dos crimes letais a partir da certidão de óbito, enquanto a Defesa Social atua a partir do boletim de ocorrência. “O registro de mortes violentas a partir da emissão do atestado de óbito não interessa para a área de segurança pública, porque trabalhamos as estatísticas de CVLIs com os boletins de ocorrência”, afirmou.

Regina Miki garantiu, porém, que não há falhas ou erros na divulgação dos números da criminalidade no Estado. “Existem apenas metodologias diferentes no registro de mortes violentas pelas áreas de segurança e da saúde”, afirmou.

Para o secretário da Defesa Social, Dário Cesar, os bons resultados obtidos pelo programa Brasil Mais Seguro “são animadores e mostram que o Governo continua no caminho certo no esforço de combate à criminalidade”, disse. “O mais importante é que nos últimos oito meses foram poupadas 186 vidas”, ressaltou.

Segundo ele, as estatísticas estão sendo divulgadas mensalmente de forma transparente, sem maquiagem nos números da criminalidade. Dário Cesar lembrou que os dados são acompanhados e checados diariamente pela Senasp, em Brasília.

Ao falar sobre a questão dos presos em delegacias do interior, o secretário garantiu que, a partir da inauguração do novo presídio do Agreste – que está sendo construído entre os municípios de Craíbas e Girau do Ponciano –, Alagoas não terá mais presos em carceragens da Polícia Civil. De acordo com a Seds, a unidade prisional com 800 vagas deverá ser concluída em julho próximo.