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Em filme, Deborah Secco vive personagem com HIV e emociona o público

Por 7 Segundos com UOL Entretenimento 25/07/2014 09h09
Em filme, Deborah Secco vive personagem com HIV e emociona o público
- Foto: Divulgação

Nos minutos finais de "Boa Sorte", uma espécie de "A Culpa é das Estrelas" com viciados, o público do Festival de Paulínia que no início chegou a rir com o filme, se resumiu em um silêncio cortado apenas por narizes assoados para evitar o choro. Até mesmo a atriz secou as lágrimas ao abraçar a equipe após a primeira exibição do longa, na noite de quinta-feira (24).

Divertido e obscuro, "Boa Sorte" é a primeira ficção de Carolina Jabour, filha do cineasta Arnaldo Jabour. Inspirado em um conto de Jorge Furtado, "Fantal com Fanta", o longa fala de um casal que se conhece em uma clínica psiquiátrica. Judite (Deborah Secco, que aflorece como nunca no decorrer do filme), uma viciada soropositiva com pouco tempo de vida, e o adolescente João (João Pedro Zappa, em boa atuação), um jovem com distúrbios de comportamento.

Embora flerte com uma visão bem-humorada dos internos da clínica e tenha uma linguagem mais pop, incluindo Peaches e Caetano Veloso na trilha, o filme tem um tom um pouco mais denso que o filme baseado no livro de John Green, ainda nos cinemas. João e Judite se drogam, ficam nus e não contam com apoio familiar. Até mesmo a avó da viciada, vivida brilhantemente por Fernanda Montenegro, reforça a ausência dos pais na vida dos personagens.

A experiência marcou tanto Deborah Secco além dos limites corporais. Após emagrecer 11 kg para o filme, a atriz subiu no palco para apresentar o filme e ressaltou uma mudança na própria carreira. "Foi meu trabalho mais importante. A Judite mudou a minha vida. É meu primeiro passo para a ser artista que eu quero ser", disse, bastante aplaudida.