Adutora do Agreste começa a operar com um terço da capacidade

Baldes, banho de cuia, reservatórios diversos. Desde 2007, os moradores de Arapiraca foram obrigados a uma rotina que exigia tais medidas. Afinal, era necessário buscar saídas para a constante falta de água. No começo, faltava um dia, depois dois. Até que nos últimos meses, eram cinco dias sem água. Isto oficialmente porque, na prática, muita gente chegava a ficar quase o mês todo sem abastecimento. Estava instalado o racionamento que, segundo a Casal, deve ficar no passado com o funcionamento da Adutora do Agreste cuja inauguração ocorreu no sábado (9).
A notícia, no entanto, não despertou a confiança dos consumidores. “Quem confia? Eu vou é deixar a minha água nos baldes tampados”, afirmou a dona de casa, Josefa Silva. Apesar de o novo sistema estar em funcionamento há oito dias, a população ainda não sentiu a diferença. O fato, no entanto, é justificado pela empresa.
O gerente da Unidade de Negócio do Agreste da Casal, Júlio César Moura Menezes, explicou que o primeiro mês de operação deve ser marcado por ajustes. “Desde a inauguração, a gente precisa fazer alguns ajustes tanto na adutora quanto na rede de distribuição de Arapiraca e das outras localidades. A gente rodou o domingo o dia todo. Na segunda-feira, já tivemos que parar para corrigir algumas coisas”, explicou o gestor.
Gerente explica funcionamento da adutora. Imagem: Angelo Farias
Para verificar a resposta da rede, a estação está operando com apenas um terço da capacidade, ou seja, bombeando 500 metros cúbicos por hora. Júlio César esclareceu que a capacidade é de 1.500 m3/h, a mesma do sistema antigo. O diferencial é que os dois sistemas irão operar simultaneamente, dobrando o volume de água distribuído.
É importante ressaltar que o sistema coletivo do Agreste não atende apenas a cidade de Arapiraca, mas também outros nove municípios: Lagoa da Canoa, Craíbas, Igací, Girau do Ponciano, Feira Grande, Coité do Nóia, Campo Grande, São Brás e Olho D´Água Grande. No entanto, faziam parte do racionamento somente Coité do Nóia, Craíbas e Igací.
A previsão é de que o novo sistema esteja regularizado em setembro, quando a distribuição será feita com toda a capacidade da estação. “Com a adutora, a gente vai finalizar esse período de rodízio e abastecer 24 horas tanto a parte alta quanto a parte baixa da cidade”, garante Júlio César.
A Adutora do Agreste
A obra de construção da nova adutora, orçada em R$ 143 milhões, levou apenas 12 meses para ficar pronta e deve beneficiar cerca de 400 mil pessoas residentes nos municípios abrangidos pelo sistema adutor. A água é captada do Rio São Francisco, em Traipu, de onde segue para a Estação de Tratamento de Água, em Arapiraca.
A Adutora do Agreste foi edificada com base na parceria público-privada, entre a Casal e a CAB Águas do Agreste, firmada em 2012 e que garante à CAB a operação tanto do sistema antigo quanto do novo por 30 anos.
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