Brasil

Ministro faz avaliação positiva do Programa Mais Médicos em Alagoas

Por Redação com Assessoria 18/08/2014 16h04

O Programa Mais Médicos garante assistência nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para mais de 720 mil alagoanos. O número foi apresentado nesta segunda-feira (18), durante o seminário “Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros”. O evento aconteceu no auditório do Hotel Jatiúca, em Maceió, e contou com a presença do ministro da Saúde, Arthur Chioro.

O seminário teve o objetivo de debater com os prefeitos e secretários de Saúde dos municípios alagoanos os primeiros impactos do Mais Médicos, que, em Alagoas, já superam as metas. “O Estado apresentou um crescimento de 54,2% no número de consultas em demandas imediatas, o que corresponde a 15.381 atendimentos apenas em 2014”, apontou o ministro da Saúde.

Com 192 médicos do Programa, em 58 municípios alagoanos, desde o início do Mais Médicos - em julho de 2013 -, houve também aumento de 37,3% nas consultas de cuidado continuado e de 24,2% nos atendimentos com pacientes com diabetes. “Todas as regiões do Estado têm médico do Programa, principalmente nos municípios que ficam em regiões de grande vulnerabilidade social”, informou a coordenadora do Programa em Alagoas, Ivana Pita.

No município de Pariconha, no Sertão do Estado, a cacique Maria das Graças, conhecida como Nina, convive diariamente com o profissional médico na aldeia Katokinn. “Recebemos com satisfação o profissional na nossa aldeia. Ele não é apenas um médico, é um amigo que está sempre com a gente porque mora conosco”, relatou, ao dizer que o Mais Médicos vem cobrir uma lacuna na necessidade de saúde da comunidade indígena.

O secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas, esclareceu que o Programa não é voltado apenas à presença de médicos nos municípios, mas também para a ampliação de vagas na universidade e residências médicas. “Desde o início do Mais Médicos, o Estado garantiu apoio integral ao Programa. Com a parceria entre os Ministérios da Saúde e da Educação, o nosso objetivo é qualificar o profissional para atuar na Atenção Básica”, disse.

Números em AL

O ministro da Saúde informou que o Brasil possui 1,8 médicos a cada mil habitantes. Com 1,12 médicos a cada mil habitantes, o índice em Alagoas está abaixo da média nacional. Entre as justificativas para esses números, Arthur Chioro apresentou que o mercado de trabalho nacional possui um déficit de 53 mil postos de trabalho.

“As poucas vagas de residência médica são também fator responsável por não fixar o médico na região”, disse ele. “É preciso formar e manter médico em Alagoas e, para isso, é importante a parceria entre os Ministérios da Saúde e Educação para cobrir essa lacuna”, completou.

De acordo com o pró-reitor de Graduação da Ufal, Amauri da Silva Barros, a universidade vai ampliar as vagas em Maceió e implantar o curso de Medicina no município de Arapiraca. Também há oferta de vagas para o curso de Medicina nas instituições de ensino privadas Cesmac e Fits.

Com mais de 90% de aprovação do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), o Mais Médicos é também aceito com satisfação pelos gestores públicos. O presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), o prefeito de Pão de Açúcar, Jorge Dantas, disse que o governo conduz bem o Programa que beneficia a população. “Distância, isolamento e calor. Com essa realidade era difícil manter um médico na cidade. Dificuldade para a qual o Mais Médicos apresentou resolutividade”, relatou o prefeito.

Mais médicos

Lançado em julho de 2013, o Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com o objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.



Ministro Arthur Chioro revelou que “Estado apresentou um crescimento de 54,2% no número de consultas em demandas imediatas, o que corresponde a 15.381 atendimentos apenas em 2014”; secretário Jorge Villas Bôas, esclareceu que o Programa não é voltado também para ampliação de vagas na universidade e residências médicas