Estudos Afro-brasileiros da Ufal foi representado no Copene
A professora Clara Suassuna, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab) da Universidade Federal de Alagoas, integrou a delegação alagoana que esteve presente do Congresso de Pesquisadores Negros (Copene 2014), realizado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, da Universidade Federal do Pará, no período de 29 de julho a 2 de agosto. Também representaram Alagoas, o educador Zezito Araújo, da Secretaria de Estado da Educação, a professora Ângela Bahia, colaboradora do Neab, os professores Jorge Riscado, da Faculdade de Medicina, e Nadir Nóbrega, do curso de Dança, ambos da Ufal, e Fátima Viana, do Instituto Federal de Alagoas.
O Congresso de Pesquisadores Negros acontece desde o ano 2000, com o objetivo de compartilhar pesquisas e experiências relacionadas às populações negras do Brasil, fortalecendo as lutas históricas relacionadas à defesa das práticas religiosas, reconhecimento dos quilombos, apoio aos movimentos negros organizados, difusão de propostas na imprensa e muitos outros campos de atuação para o combate ao racismo e o fortalecimento da identidade étnica. Foram realizados seminários, mesas de debates e apresentação de pesquisas. De Alagoas, Clara Suassuna apresentou trabalho na área de Educação e Jorge Riscado, de Saúde.
Segundo Clara Suassuna, este ano o Congresso teve um caráter internacional, com a participação de delegações da África. "A programação foi muito rica e o intercâmbio de experiências entre pesquisadores de todo o Brasil e de outras partes do mundo é muito estimulante. É como oxigenar as forças para continuar nesse trabalho com muito mais entusiasmo. Nesse Congresso, percebemos que as atividades desenvolvidas em Alagoas estão num ótimo patamar quando relacionadas aos trabalhos desenvolvidos em outros estados", declarou.
A coordenadora do Neab também observou que é preciso intensificar as pesquisas, ações e debates relacionados à educação no ensino fundamental e médio. "Em uma das atividades desenvolvidas em Pariconha-AL, em parceria com a Secretaria de Educação, realizamos um curso de capacitação com 64 professores do ensino fundamental e médio. A maioria dessas pessoas tinha graduação em Pedagogia e algumas com mestrado e doutorado. Então, temos de reconhecer que há professores qualificados, o que precisamos é de mais estrutura e apoio para melhorar a educação em áreas quilombolas", ressaltou Clara.
Ela destacou ainda que, em Alagoas, a lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-brasileira, tem sido executada. "Temos muitas experiências de capacitação de professores e projetos para o ensino da Cultura e História Afro-brasileira. Mas ainda é necessário vencer resistências e preconceitos. Além disso, é preciso conscientizar os professores sobre a importância da História Oral, já que muito da história dos negros no Brasil será resgatada pela memória dos descendentes, já que a documentação sobre a resistência e a organização dos quilombolas é incipiente", concluiu Clara Suassuna.
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