Luciana Vendramini era animação pura na tarde em que se encontrou com o EGO para a sessão de fotos. Apesar da ventania, topou subir em cima de um muro altíssimo do The View Bar, em São Paulo, sob protestos do assessor e stylist Xicão, que trabalha com a atriz há dez anos e temia que ela pegasse uma pneumonia. Esbanjando boa forma aos 43 anos, Luciana se diz empolgada com a vida, tanto que ainda pensa em ser mãe. "Estou congelando óvulos para caso ainda queira muito ter filhos. E estou deixando rolar", conta ela, que namora há cinco anos Stefan Weidbrecht, executivo do mercado financeiro.

Em conversa com o EGO, Luciana fala do TOC, que enfrentou e venceu, sobre posar para a Playboy aos 16 anos e da volta à TV na série "Na mira do crime": "Eu fujo às regras o tempo inteiro. Sempre fui ovelha negra da família

Aos 43 anos, você está em ótima forma. O que você faz?

Eu já fui muito magra, mas senti diferença depois dos 28 anos, quando fiquei mais Marilyn. Fiquei mais mulherão e gostei! Já fiz de tudo na minha vida. Pratiquei sete anos de esgrima, fiz muito tempo de ioga e sou bailarina clássica. Dei aula de balé clássico... Minha rotina com o corpo é estar sempre fazendo alguma coisa. Faço pilates desde 2002, fui a primeira aluna no Brasil, eu vi uma matéria em Nova York e adorei. Me ajudou muito na cólica, na enxaqueca, com a TPM... Aos 15 anos, eu dava aula de balé e voltei a fazer depois que vim morar em São Paulo. A musculação me deu duas hérnais de disco (risos).

Você está namorando há cinco anos. Não pensa em se casar?

Nunca me casei nem no papel nem na igreja. Já moro com o meu namorado. Eu acho que casar não precisa ser antes, pode ser o meio do caminho do relacionamento. Eu fujo às regras o tempo inteiro. Sempre fui ovelha negra da família. Sempre falei de morar junto antes de se casar e que não teria filhos. Não sei nem se vou casar de branco, acho que faria um vestido de noite preto. Acho bonito o casamento vir quando as pessoas já estão felizes juntas e não ser por protocolo, sabe?

Cheguei a pesar 32kg e fiquei trancada em casa um ano sem TV, rádio, nada. Na minha cabeça era difícil entender por que aquilo estava acontecendo comigo, eu que fui precoce no balé, era a melhor na natação, a mais esperta no colégio. Eu não admitia"

Você teve problemas com sua família por ser uma ovelha negra? 

Venho de uma família italiana tradicional. Fiz batismo, catequismo, crisma, toda família sempre foi muito certinha. Quando eu comecei a sair da casca do ovo, já mostrei que era muito à frente. Com 15 anos dava aula de balé para mais de 100 crianças, organizava os espetáculos para os pais e definia o roteiro, o cenário, as roupas, tudo sozinha. Eu sempre fui muito decidida, então meu pai não ligava. Quem constrói regra é a gente e a maioria não tem muita coragem de fugir aos protocolos. Mas minha família é maravilhosa, não tenho do que reclamar.