Arapiraca

Familiares de paciente que pulou do sexto andar acusam HU

Por Redação 14/10/2014 14h02
Familiares de paciente que pulou do sexto andar acusam HU
- Foto: Google

Após a morte de uma arapiraquense que se jogou do sexto andar do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), no último domingo (12), poucos dias depois de passar por uma cesariana, familiares afirmam que a equipe médica negligenciou o estado da paciente, que vinha tendo alucinações.

De acordo com Maria Ivanilda Feitosa, sua cunhada, Maria Esterlina Ferreira, de 32 anos, deu entrada no HU para dar a luz. Esterlina tinha problemas cardíacos e por isso teve uma gravidez de risco. “Ela foi para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), teve bebê, mas começou a apresentar alucinações”, declarou Ivanilda.

A cunhada da vítima contou que Esterlina começou a dizer que estava sendo perseguida e que queriam levar seu bebê. “Levaram ela para o sexto andar no último domingo. Ela passou uma porta de vidro e se jogou. Porque não deram sedativo a ela? Isso foi um homicídio e tem que ser investigado, pois foi negligência, já que ela disse que não queria ficar sozinha”, declarou.

A coordenadora da maternidade do HU, Lúcia de Fátima Amorim, contou que a paciente estava sem acompanhante e foi internada por problemas cardíacos. “Familiares afirmaram que ela havia tentado suicídio outras vezes. Essa situação surpreendeu a todos”, afirmou.

A coordenadora acrescentou que a paciente apresentou alucinações, mas que estava recebendo toda assistência. “Nós não temos condições de ter um funcionário exclusivo para cada paciente. Ela estava sendo acompanhada”, colocou.

A assessoria de imprensa do HU informou que Esterlina ficou na UTI do dia 30 de setembro ao dia 8 de outubro, foi feita uma cesariana e ela voltou para UTI. No último domingo, a paciente foi levada para o sexto andar onde fica a maternidade do HU.

A assessoria disse também que como a paciente já vinha apresentando problemas psiquiátricos, a médica já havia solicitado o eletro e uma consulta com psiquiatra.

No momento da tragédia, o Instituto de Criminalística foi acionado para fazer os levantamentos sobre a morte.