Por certo, os autores são ex-integrantes da banda e contribuíram durante toda a sua existência, em nível de igualdade com Renato Russo, pata todo o sucesso alcançado. Assim sendo, não parece minimamente razóavel que não possam fazer uso de algo que representa a consolidação de um longo e bem sucedido trabalho conjunto - reconhecido por milhares de fãs - por uma questão formal, cuja inobservância operou-se claramente por conta do desapego ao formalismo e da falta de experiência em gerir economicamente a expressão - comum a todos do grupo - 'Legião Urbana'. Não nos parece aceitável impedir o uso e exploração de uma marca por quem a consolidou no mercado".

Com essa sentença, expedida pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a justiça abriu um novo cenário na disputa entre os músicos Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá e o herdeiro de Renato Russo, Giuliano Manfredini. A decisão judicial garante o uso da marca pelos músicos, porém, ainda seguem recursos a outras instâncias.

O uso da marca está liberada shows sem a obrigatoriedade de autorização ou pagamento à família de Renato Russo. A justiça reconheceu que é legítimo Dado e Bonfá fazerem referências à banda em suas apresentações musicais. "Isto porque a possibilidade de referência à antiga banda depende da referência à expressão "Legião Urbana", que é marca registrada que demanda autorização para seu uso, cujo acesso não pode ser negado aqueles que - à luz dos princípios ora invocados - foram parte legítima para sua consolidação".

Em sua página no facebook, o guitarrista Dado Villa-Lobos agradeceu o apoio dos fãs. "Em primeiro lugar gostaríamos de agradecer aos verdadeiros fãs da Legião Urbana pelo apoio e carinho que temos recebido enquanto se escreve este difícil e inusitado capítulo na história da banda; assim como agradecer também à imprensa e profissionais de imprensa que têm se interessado de forma séria e responsável pelo caso da "marca" Legião Urbana". Em resposta aos seguidores, o músico publicou a decisão divulgada esta semana.