?Escolhemos os mais loucos, os que fazem m...?, diz Boninho sobre BBB

O diretor-executivo de Variedades da Globo, J.B. Oliveira, o Boninho, revelou nesta quarta (25) o principal critério para escolha dos participantes de Big Brother Brasil, programa que comanda desde 2002. “A gente escolhe os mais loucos, os que vão fazer merda”, disse em painel sobre a criação e adaptação de formatos na TV Globo no primeiro dia da quinta edição do Rio Content Market, um dos principais eventos do mercado de televisão da América Latina.
Boninho respondia a uma pergunta sobre a representação da classe média brasileira em BBB e a influência do reality show nas telenovelas. “Os participantes que estão lá dentro não representam classe nenhuma”, afirmou o “big boss”. “Mas a maioria é classe média para baixo”.
Para Boninho, depois de BBB os diretores de telenovelas passaram a ter mais trabalho na gravação de cenas do cotidiano. O público passou a ter outra referência de representação realista de tarefas domésticas, como cozinhar, lavar louça ou jantar, enquanto se conversa ou se discute a falta de arroz.
“Big Brother foi criado para um país muito frio, a Holanda, para uma casa fechada. A primeira coisa que a gente fez foi tropicalizar o formato", afirmou. "BBB trouxe para as novelas um problema que é o naturalismo. Acho que o programa ajuda a dramaturgia como um grande laboratório, pois mostra como as pessoas se portam”, emendou.
A narrativa novelesca de Big Brother Brasil também foi abordada no encontro, que contou ainda com os apresentadores Pedro Bial e Tiago Leifert e com Creso Eduardo, diretor de The Voice Brasil.
Para Creso Eduardo, reality shows são uma dramaturgia reversa: primeiro acontecem as cenas, reais, e depois se constrói a narrativa, edita-se para ficar agradável de se ver, contando-se uma história. “A gente capta BBB pensando em uma dramaturgia, que são as tramas que eles mesmos [participantes] criam”, reconheceu Boninho.
Pedro Bial afirmou que BBB é o programa mais visto por jovens dentro da TV Globo. Ele fez uma comparação sobre a geração que cresceu vendo reality show e a geração que cresceu nos anos 1960 e 1970. “A minha geração, a do hipismo, era de jovens que queriam cair fora do sistema. Essa geração do BBB quer entrar no sistema. Esses jovens do Big Brother são contra a contracultura”, filosofou.
Bial acrescentou que o Big Brother brasileiro é o que mais tem humor no mundo todo. Segundo ele, as edições da Inglaterra e Espanha são orwellianas, no sentido de maior controle e isolamento dos participantes. Para ele, a figura do apresentador “humaniza” programa.
Tiago Leifert contribuiu para a discussão como uma imagem de Big Brother: “É o avô do selfie". Lembrou que, nas primeiras edições, a gente se espantava com a exposição dos participantes. Hoje, tudo aquilo está no Instagram.
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