Dono de Porche apreendido na casa de Collor diz estar levando calote

O empresário alagoano Luiz Gustavo Malta Araújo, de 37 anos, apresentou-se como o verdadeiro dono do Porsche apreendido pela Polícia Federal na casa do senador Fernando Collor (PTB-AL), em Brasília. Ele contou que, mediante contrato, repassou o veículo para a TV Gazeta, afiliada da TV Globo em Alagoas, da qual o ex-presidente é sócio, mas até agora o valor do carro não foi quitado. Segundo o empresário, faltam R$ 300 mil dos R$ 550 mil combinados com a empresa.
— Estou levando um calote. Entrei nessa “bonita” e nunca dei nem um aperto de mão nesse Collor — afirmou, dizendo que há promessa de que a quitação será feita até dezembro.
Malta disse que efetuou a compra do carro no fim de 2011. O veículo foi importado dos Estados Unidos e colocado no nome de seu posto de gasolina, o GM Comércio de Combustíveis, em Maceió. Em 2013, ele emprestou o Porsche para um amigo que era assessor de Collor.
— O Collor viu o carro com o meu amigo e disse que queria — contou Malta, dizendo que a negociação da venda do veículo se deu com a TV.
O empresário, que comprara o Porsche por R$ 400 mil, vendeu o carro em maio de 2013. De acordo com ele, o combinado era que receberia como pagamento um apartamento e um lote num condomínio de Maceió. O imóvel, no valor de R$ 150 mil, veio seis meses depois. O lote, não. Depois de pressionar pelo pagamento, Malta disse ter recebido R$ 100 mil em dinheiro, pagos em duas prestações. Por isso, ele contabiliza que ainda faltam R$ 300 mil.
— Se estava sem receber, agora com esse rolo ainda... — disse.
Apesar do trâmite envolvendo a venda do Porsche, o carro continua no nome do posto de gasolina que foi de Malta. Ele explicou que vendeu o estabelecimento pouco depois de ter repassado o carro, ainda em 2013. Ao fazer o negócio, excluiu o veículo dos ativos do posto. Alegou que pensou que a quitação do Porsche não demoraria tanto e, quando isso acontecesse, a documentação do carro seria repassada ao nome da TV. Além disso, Malta disse que ao fazer o contrato de venda do posto deixou claro que o Porsche era dele e não fazia parte da negociação. No entanto, o carro continuou aparecendo como pertencendo ao posto, que teve o nome mudado e manteve o CNPJ.
Com sobrenome Malta, o empresário contou que sua mãe é prima distante de Rosane, ex-mulher de Collor. Mas, segundo ele, os dois se esbarram apenas em ambientes como restaurantes, sem contato frequente. Malta disse ainda que não se encontravam quando Rosane era casada com o ex-presidente e que nunca esteve com Collor:
— Nunca nem votei nele. Essa culpa eu não carrego.
Empresário do ramo de investimentos, Malta compra e vende imóveis. Ao contrário do que a reportagem informou ontem, seu escritório nunca foi alvo da Operação Iscariotes, da PF.
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