Na manhã desta segunda-feira (14) o prefeito de Lagoa da Canoa, Álvaro Melo (PMDB), esteve reunido com assessores, secretários municipais e o Procurador do Município, onde decretou algumas medidas extremas para tentar enfrentar a crise e manter funcionando os serviços básicos ofertados pela Prefeitura à população.

Entre as medidas anunciadas está o corte de 50% do valor de todas as gratificações pagas aos servidores. Já o prefeito, vice, demais servidores comissionados e eletivos terão os salários reduzidos em 15%.

Na última sexta-feira (11), em assembleia geral extraordinária realizada na sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), os prefeitos decidiram parar as Prefeituras durante toda esta semana, como forma de protesto. Na Saúde, apenas os serviços de urgência e emergência estarão mantidos.

A queda de 38% no primeiro depósito do mês do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) disparou o alerta do sinal vermelho das prefeituras, aceso há algum tempo diante da crise financeira que afeta as cidades.

Em Lagoa da Canoa a situação não é diferente. Durante um evento realizado recentemente em Arapiraca, o prefeito Álvaro Melo – diante de dezenas de outros prefeitos - afirmou que a situação dos gestores está no limite do controle e pediu apoio da bancada alagoana no sentido de encontrar solução para, pelo menos, amenizar a situação.

Os prefeitos não querem ser vistos como culpados pela atual situação onde a queda da receita, a correção de pisos que estão sendo aprovados pelo Congresso e o subfinanciamento dos programas federais têm provocado uma desproporção preocupante entre receita e despesas.