Hospital é autuado por descarte irregular de lixo
A Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) deu sequência, nesta sexta-feira (19), à operação de fiscalização em instituições de saúde da capital para combater o descarte irregular de resíduos sólidos. A ação de hoje aconteceu no Hospital Memorial Arthur Ramos, no bairro Gruta de Lourdes, onde a equipe do órgão da Prefeitura flagrou duas toneladas de lixo comum e hospitalar misturadas. Somente em uma semana, a mesma situação foi constatada pela Slum em outras duas instituições, cujo total da carga condenada chega a 10,5 toneladas somando os três casos.
O coordenador de fiscalização da Slum, Carlos Tavares, informou que o flagrante da irregularidade no Arthur Ramos aconteceu após uma denúncia recebida pelo órgão. No hospital, fiscais encontraram luvas, lençóis, batas e outros materiais descartáveis infectados por sangue, além de utensílios provenientes do centro cirúrgico conforme foi identificado durante a inspeção. O lixo estava no mesmo espaço dos resíduos comuns, já separados para que a empresa coletora fizesse o recolhimento para o aterro sanitário.
“A irregularidade foi constatada no armazenamento dos resíduos no abrigo do hospital e, sobretudo, no descarte. O lixo estava saindo do hospital ao abrigo já misturado, o que é completamente irregular, já que os resíduos devem ser separados e armazenados em locais diferentes até a destinação final. Caso a fiscalização não fosse realizada, todo o material condenado iria parar no aterro sanitário, local que só deve receber determinados resíduos hospitalares após um rigoroso tratamento de uma empresa especializada para deixá-los inertes em decorrência do impacto ambiental”, explicou Tavares, acrescentando que esta foi a terceira vez que a instituição é flagrada pela fiscalização.
A administração do Arthur Ramos foi notificada pela Slum e deve apresentar o certificado de incineração em um prazo de 24 horas em dia útil, documento que comprova a destinação final correta da carga condenada. Fiscais da Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) também autuaram o hospital, que deve ser multado. O valor da punição será definido pelo departamento jurídico do órgão e será calculado com base na quantidade do lixo condenado e na reincidência, levando em consideração o número de vezes que a instituição foi autuada pela mesma irregularidade.
No Hospital do Açúcar, o mesmo problema foi flagrado pela Slum na última sexta-feira (12), com aproximadamente quatro toneladas de lixo comum e hospitalar misturados. Já na segunda-feira (15), a ação aconteceu no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), onde a fiscalização condenou 4,5 toneladas de resíduos que foram encaminhados ao aterro sanitário de Maceió e devolvidos à instituição.
“Enquanto os hospitais não se adequarem ao que é correto, nós continuaremos punindo. É uma questão clara e que deve ser respeitada rigorosamente para não prejudicar o meio ambiente, não diminuir o tempo de vida útil do aterro sanitário. Nossa fiscalização é rotineira e continuará assim para evitar novas irregularidades, seja qual for a instituição”, completou o coordenador Carlos Tavares.