Pesca de arrasto será proibida na enseada da Pajuçara

Estima-se que mais de 90% da biomassa formada por pequenos peixes, crustáceos como siris e camarões, moluscos, equinodernas como estrelas e ouriços, entre outros, morrem durante o arrasto das redes do mar para a praia. Na região da enseada da Pajuçara, as espécies contam agora com um mecanismo a mais de proteção.
Isso porque, acaba de ser aprovada a minuta de resolução que proíbe a prática naquela região. A proposta foi apresentada pela equipe do Instituto do Meio Ambiente (IMA) durante a reunião ordinária do Conselho Estadual de Proteção Ambiental (Cepram), realizada dia 17. Após ser aprovada pelos conselheiros, passa a vigorar após a publicação em Diário Oficial.
Na prática, serão 671 hectares da enseada da Pajuçara, onde a atividade da pesca de arrasto estará proibida. A área está localizada entre o Porto de Maceió e o recife da Ponta Verde, na região do antigo Alagoinhas. Além dos levantamentos técnicos, a equipe do IMA recebeu denúncias da população sobre a quantidade de organismos mortos após o arrasto.
Segundo Ricardo César, coordenador de Gerenciamento Costeiro do Instituto, estudos realizados mostram que é significativo o dano causado à biodiversidade marinha, podendo comprometer a reprodução e crescimento de diversas espécies. Ele disse ainda que, inicialmente, a prática será proibida apenas naquela área.
“A medida é complementar às ações que estão sendo desenvolvidas naquela região, no sentido de garantir a preservação do ecossistema marinho”, comentou Ricardo César se referindo à outra Resolução do Cepram que tornou a Piscina do Amor, também localizada na Enseada da Pajuçara, uma zona de exclusão para diversos tipos de usos.
A medida considerou a legislação e aspectos como: os ambientes recifais e bancos de algas configuram, junto com as florestas tropicais, uma das mais diversas comunidades naturais do planeta, os bancos de algas e recifes de corais são berçários para diversas espécies, o declínio significativo da biodiversidade naquela região, a pesca com equipamentos de arrasto sobre os bancos de algas causam sérios danos ao ecossistema e fauna associada.
A pesquisa e a fiscalização ficarão a cargo do IMA, que poderá solicitar o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente e Colônia de Pescadores do Jaraguá.
Os estudos contam com apoio da Petrobrás e de pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas.
Caso haja descumprimento da Resolução, o infrator poderá sofrer as penalidades previstas na Lei Estadual Nº 6787/2006, com as modificações da Lei Estadual Nº 7.625/2014.
Últimas notícias

Polícia Civil procura acusada de soprar fumaça de maconha na boca de cachorro

Filha de Flávia Alessandra diz ser hétero, mas admite 'bode de homem'

Prefeita Tia Júlia se reúne com servidores da Educação do setor de Transportes

Nota Fiscal Cidadã: Sefaz paga mais de R$ 44 mil em prêmios nesta sexta-feira (14)

Polícia Civil recupera 782 veículos roubados e devolve 609 aos proprietários

Alagoas é o terceiro Estado do país com maior execução da Política Nacional Aldir Blanc
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
