Altos custos na produção de leite preocupam produtores da CPLA
Um levantamento, nada animador para o setor leiteiro, realizado pelo Boletim Ativos do Leite, elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), confirmou a expectativa do produtor de leite: os gastos com silagem subiram 11% e a pastagem teve alta de 10% em comparação ao ano passado.
Esses dados se confirmam também nos pastos de Alagoas. Para muitos produtores, a sensação é de que os custos com alimentação do rebanho subiram em até 70% se somado aos custos de transporte e apoio. “A gente quase não encontra alternativa. As vacas precisam manter o padrão nutricional, dentro do possível, com a presença da ração concentrada para garantir uma boa lactação”, disparou João Batista Filho, presidente da Associação dos Produtores de Leite de Junqueiro.
De acordo com João, por mês, só com aquisição do farelo de soja e milho, os produtores, individualmente, pagam a bagatela de R$1.200 por 8 sacos de 50 quilos de cada. “O que temos feito é alternar alimentação com acréscimo de ração balanceada e sal proteínado”, acrescentou.
A situação só não é mais delicada por conta da seguridade do Programa do Leite, que garante o pagamento de R$1,14 pelo litro de leite. Aldemar Monteiro, presidente da CPLA, explica que o Programa tem livrado o produtor da vulnerabilidade do mercado. “Não estamos medindo esforços para facilitar a alimentação do gado com fornecimento de ração mais barata do que o mercado, com preços mais acessíveis, é um projeto nosso desde 2015. O Programa do Leite tem sido nosso grande aliado por garantir o forneciemento das associações e livrar as famílias beneficiárias da insegurança alimentar ”, explicou