Liminar pode garantir torcedores do CRB descaracterizado no jogo com o Vasco
Após tomar conhecimento de que a Federação Alagoana de Futebol (FAF) se negaria a cumprir a recomendação expedida pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/A) nesta terça-feira (10), as Promotorias de Justiça do Juizado do Torcedor e de Defesa do Consumidor da Capital ajuizaram hoje uma ação civil pública, com pedido de liminar, para garantir que apenas torcedores do Vasco da Gama ingressem no Estádio Rei Pelé caracterizados. Já os torcedores do Clube de Regatas Brasil (CRB) também podem acompanhar o jogo, porém descaracterizados das cores e símbolos do clube.
Com a ação, o órgão ministerial mantém a sua posição de defender a modalidade de partida com torcida única para o jogo que ocorrerá logo mais, às 21h45, pela Copa do Brasil, pedindo ao Poder Judiciário do Estado de Alagoas que determine a expedição de ordem judicial ao Comando Geral da Polícia Militar o cumprimento da medida. Além da FAF, o procedimento do MPE/AL se dá em desfavor do CRB e da Torcida Organizada Comando Vermelho.
“Caso não seja concedida a liminar antes da partida de hoje à noite, a sociedade ficará com a nítida sensação de impunidade em razão da realização de fatos violentos ocorridos em menos de 72 horas, sem qualquer reprimenda pedagógica”, disseram os promotores de Justiça Sandra Malta Prata e Max Martins, que negam ter se encontrado com representantes da FAF para rediscutir os termos da recomendação desta terça-feira, conforme parte da imprensa noticiou.
“Nosso compromisso é acima de tudo com a vida, segurança e tranquilidade da sociedade. Por isso, nós não voltamos atrás da nossa decisão e ajuizamos agora há pouco esta ação civil pública pedindo o cumprimento do procedimento assinado pelo próprio presidente da Federação Alagoana de Futebol. A ação já se encontra neste momento com o juiz Henrique Teixeira, da 3ª Vara de Justiça Cível da Capital, que decidirá sobre o pedido”, completam os representantes do MPE/AL.
O Centro Sportivo Alagoano (CSA) também será alvo de uma ação civil pública nos mesmos termos da presente, em virtude do clube ter sido o outro protagonista da violência ocorrida no final de semana. A medida valerá para primeira partida oficial que o CSA disputará no Estádio Rei Pelé.