Julgamento do impeachment inicia a semana da vergonha nacional, diz Lula

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva classificou como "semana da vergonha nacional" o início do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado, que começa nesta quinta-feira (25).
Ele participou nesta manhã de um encontro com trabalhadores e sindicalistas anunciado como um ato "em defesa da Petrobrás, da indústria naval e pela geração de empregos", no município de Niterói, na região metropolitana do Rio.
Em um discurso de 30 minutos, Lula direcionou suas críticas aos senadores e também aos antigo aliados.
"Estou envergonhado de perceber que o Senado, que deveria estar debatendo os interesses do povo brasileiro e os interesses dos trabalhadores, está discutindo a condenação de uma pessoa inocente", disse Lula, que questionou a legitimidade do julgamento. "Hoje é o dia em que começam a rasgar a constituição do país".
O ex-presidente criticou antigos aliados que se posicionaram a favor do impeachment de Dilma.
"Estou triste com o comportamento do prefeito do Rio (Eduardo Paes) e do filho do Sérgio Cabral (Marco Antônio Cabral) pelo impeachment", disse.
Lula também citou nominalmente o senador Marcelo Crivella (PRB), que foi ministro no governo Dilma e é candidato a prefeito do Rio.
"Crivella, que eu apoiei em 2014, que fala em nome de Deus, não pode cometer uma deslealdade dessa, assim como outros", afirmou.
Sobre o governo interino, Lula afirmou que a gestão Temer não sabe governar e por esse motivo quer promover privatizações.
"O que está em jogo é a tentativa de acabar com o direito desse país ser grande e da Petrobras ser a maior empresa de petróleo do mundo", disse.
CHARUTO CUBANO
Apesar de se declarar favorável às investigações da operação Lava Jato –"Se roubou tem que ir para a cadeia", disse–, o ex-presidente criticou as delações premiadas. Ele afirmou que os delatores "falaram mentiras" e estão soltos "fumando charuto cubano".
Questionado ao fim do evento sobre a possibilidade de ser candidato em 2018, Lula não deixou clara a sua posição. Disse apenas: "Vamos ver".
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, e o do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile, participaram do ato.
"Vamos enfrentar um período difícil nos próximos dois anos e a luta contra os golpistas está apenas começando", afirmou Stédile.
"Em algum momento vamos ter que fazer uma vigília e cercar o BNDES, a Petrobras e a Globo", acrescentou o líder do MST.
Os organizadores não divulgaram estimativa de público. Havia a expectativa de 3 mil pessoas neste ato.
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) levaram bandeiras e faixas contra o governo interino de Michel Temer, a venda de ativos da Petrobras e a operação Lava Jato.
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