A cada 40 segundos uma morte por suicídio no mundo
Em minha vivência na emergência todos os dias percebo o aumento do número de pessoas que querem tirar a própria vida e claramente o componente das patologias emocionais entre esses pacientes está presente, no entanto, é frequente nos relatos que uma grande parte não teve nenhum tipo de ajuda, seja de alguém próximo ou principalmente de algum profissional especializado no assunto.
Entre os principais casos está o componente depressivo por diversos motivos: problemas financeiros, amorosos, familiares, trabalho, uso de drogas, ansiedade e outros. Lidar com essas situações tem sido um desafio no último século e as cobranças levam as pessoas a reagirem de formas diversas, dentre elas é muito comum o isolamento e o entendimento que não irão conseguir resolver essas situações.
Vale lembrar que muitos que poderiam ajudar dizem que é fraqueza, frescura e até outros adjetivos pejorativos que só pioram o quadro emocional e levam as tentativas suicidas.
De acordo com a OMS, 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos. E até 2020 esse número esperado é simplesmente o dobro. Para cada caso fatal há pelo menos outras 20 tentativas fracassadas. A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio pelo mundo afora.
O Brasil ocupa a 8ª posição no ranking de países com maior incidência de suicídios, ultrapassando o número de 12 mil casos por ano e o mais assustador é que achamos que é algo muito frequente nas mulheres, porém o maior número está entre os homens: 9000 homens.
Nos jovens é a segunda maior causa de mortes, perdendo apenas para os acidentes de trânsito. Nos últimos 10 anos, a taxa de suicídio cresceu mais de 40% entre brasileiros de 15 a 29 anos e isso deve ser encarado como um problema de saúde pública, porque muitos desses jovens quando não vão a óbito ficam mutilados e emocionalmente dependentes ao longo de suas vidas.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em parceria com a Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal) revelou que Alagoas teve 513 casos de suicídio entre 2013 e 2015. E em Arapiraca os índices proporcionais são altos levando nesse setembro a estimularmos a campanha do setembro amarelo.
“Aumentar a conscientização e quebrar o tabu é uma das chaves para alguns países progredirem na luta contra esse tipo de morte”. Investir no entendimento, pesquisas, redes de apoio e em profissionais especializados na área pode ser algo importante do ponto de vista político.
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