Alagoas

Procuradoria Geral da República pede que Fernando Collor devolva mais de R$ 150 mi

Por 7 Segundos 20/10/2016 18h06
Procuradoria Geral da República pede que Fernando Collor devolva mais de R$ 150 mi
Senador Fernando Collor de Mello - Foto: Reprodução

A Procuradoria Geral da República (PGR), quer que o senador e ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello (PTC-AL), e outros investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na Operação Lava Jato, devolvam mais de R$ 150 milhões aos cofres públicos. A informação foi divulgada no final da tarde desta quinta-feira (20), em Brasília.

O senador alagoano tem seis investigações contra ele no Supremo Tribunal Federal, mas não é réu ainda. De acordo com a PGR, entre os anos de 2010 e 2014, Fernando Collor é acusado de ter recebido propina no valor de R$ 29 milhões.

A denúncia chegou ao STF em agosto de 2015 e estava em segredo de Justiça. O ministro Teori Zavascki, que é o relator da Operação Lava Jato, retirou a denúncia do segredo de Justiça.

Para lavar os R$ 29 milhões, o senador Fernando Collor comprou carros de luxo, a exemplo de uma Lamborguini, no valor de R$ 3 milhões, além de uma casa no município de Campos do Jordão, no estado de São Paulo, no valor de R$ 4 milhões. Além de um quadro apreendido de Di Cavalcanti no valor de R$ 1,5 milhão.

Crimes

O procurador-geral da República Rodrigo Janot acusa o senador Fernando Collor de Mello de ter cometido crime de lavagem de dinheiro por 376 vezes; corrupção passiva por 30 vezes e crime de peculato por, pelo menos, 48 vezes.

Rodrigo Janot afirma que Collor teria um comando nas diretorias da BR Distribuidora, empresa da Petrobras. As diretorias seriam divididas entre os partidos PT, PMDB e PTC e que este último seria o senador Fernando Collor de Mello.

Segundo o procurador-geral da República, Collor teria recebido propina de R$ 9,5 milhões em quatro contratos da BR Distribuidora para a troca de bandeiras entre os anos de 2010 e 2011. E mais R$ 20 milhões em outros contratos para a construção de dutos para combustíveis. A propina a Collor foi intermediado por diretores da BR Distribuidora, indicados por Fernando Collor de Mello.