Em Traipu, falta de combustíveis faz crescer a venda clandestina de gasolina e etanol
O único posto de combustíveis do município de Traipu está sem o produto e a cidade fica sem gasolina ou etanol por até cinco dias. Com essa situação, cresce a venda clandestina do produto, com 30% de aumento no litro da gasolina.
Um morador da cidade, identificado como Clyton Antônio de Paula Houly apresentou algumas denúncias ao Ministério Público (MP) sobre irregularidades no abastecimento de combustíveins em Traipu.
De acordo com o documento apresentado por ele ao MP, além de haver irregularidades, existe o comércio clandestino de combustíveis na cidade.
O denunciante disse que o posto de combustível mais próximo de Traipu fica a 25 km, o que inviabiliza dos motoristas saírem da cidade apenas para abastecer os veículos.
Defesa
Ao saber da denúncia ao Ministério Público, o proprietário do único Posto BR da cidade, Fernando Dias, afirmou que a falta de combustíveis não é frequente e que não há irregularidade no produto.
Conhecido como Fernandinho, o empresário disse que o combustível é comprado à vista e por ele não ter um caminhão próprio para transportar o produto, precisa aguardar a entrega do combustível pelo fornecedor de Maceió, capital alagoana que fica a 187 km de distância.
"Esse entrega leva em média três dias e o caminhão só viaja quando o tanque está cheio com cerca de 60 mil litros de combustíveis para distribuir nos postos das cidades. Aqui ficam apenas 10 mil litros do produto", explicou Fernandinho.
Quanto a qualidade do combustível que ele recebe no posto, o empresário declarou que uma análise é realizada periodicamente e que o produto está entre os dez melhores do Estado.
"O nosso produto passa por um critério de análise, o que pode haver aqui em Traipu é irregularidade do produto que é vendido clandestinamento", defendeu-se Fernandinho.
O empresário disse, ainda, que era o único fornecedor de combustíveis para a Prefeitura de Traipu e com esta demanda ele conseguia comprar um caminhão completo com 60 mil litros.
Mas, depois que pedeu o processo de licitação para um concorrente que ofereceu o produto por um menor preço e por isso não pode mais comprar mais do que 10 mil litros do produto.
"Por esta razão, muitas vezes a cidade fica sem combustível porque não dá para suprir a demanda de todos", esclareceu o empresário.