Representantes dos enfermeiros são impedidos de participar de reunião em Arapiraca
O que seria uma reunião prática de negociação, utilizada para solucionar conflitos tomou outros rumos na tarde dessa terça-feira (18), no Centro Administrativo de Arapiraca. A vice-presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas (Sineal), Renilda Barreto, acompanhada do advogado da entidade, Neiton Queiroz, foram constrangidos e convidados a se retirar da sala pelo secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão de Arapiraca, Antônio Lenine.
A reunião objetivava discutir a data-base de 2017 e várias outras pendências, inclusive o salário de dezembro do ano anterior que está em atraso. Insatisfeito com o impedimento, o Sineal emite nota de desagravo lamentando o episódio ocorrido, e a forma grosseira do gestor para com seus representantes sindicais, bem como pela não permissão deles de tomarem assento na mesa de negociação.
“Não tinha motivo da impossibilidade do sindicato de categoria deixar de participar, afinal iríamos discutir assuntos de conhecimentos de todos, e igualitários as categorias. Esta reunião serviria também para alinhar as próximas discussões dos profissionais da área da saúde e de outros presentes”, colocou o advogado do Sineal. “Foi uma forma muito grosseira de tratar e responder aos representantes de Sindicato, sem uma justificativa plausível”, reforçou.
De acordo com Renilda Barreto, a situação foi constrangedora. “Tenho 12 anos como sindicalista e nunca aconteceu um episódio semelhante em nenhuma reunião, e são várias pelos municípios alagoanos. Entendemos que o respeito, a ética e a moral devem estar sempre em primeiro lugar no mundo do trabalho e das negociações, não fui respeitada nem enquanto mulher", pontuou.
“Nós fomos retirados da sala, houve uma tentativa de acordo, inclusive com a intervenção de alguns sindicalistas que estavam na mesa, Joseane Lima, do Sindsar, Izac Jackson, da CUT e o Jader, do Sindicato Metropolitano”, disse.
"Tínhamos acabado de nos reunir com os enfermeiros, que estão em greve, tentando mediar às negociações e nos foi cerceado o direito de expressão, fiquei me perguntando... Será que o professor Rogério Teófilo é sabedor de que seu secretariado toma atitudes grosseiras e deselegantes? Bom, fico com a pergunta incrédula, no ar", concluiu a vice-presidente do Sineal.