Agreste

Peixes nativos e de valor comercial voltam a aparecer em lagoa após chuvas

Repovoamento feito pela Codevasf pode gerar emprego e renda no Agreste

Por 7 Segundos com Assessoria Codevasf Alagoas 11/07/2017 11h11
Peixes nativos e de valor comercial voltam a aparecer em lagoa após chuvas
Peixamento da Codevasf na Lagoa do Pé Leve, em Limoeiro de Anadia - Foto: Divulgação

A lagoa do Pé Leve, fonte de alimento e de renda para milhares de famílias na zona rural do município de Limoeiro do Anadia, Agreste de Alagoas, teve o estoque pesqueiro recuperado.

O povoamento feito na sexta-feira (07) pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) com peixes nativos da bacia do Rio São Francisco (curimatã pacu e piau) também introduziu espécies de grande valor comercial, como tambaqui e tilápia.

A assessoria da Codevasf em Alagoas informa que cerca de 50 mil alevinos e peixes juvenis foram colocados na lagoa cujo volume de água melhorou consideravelmente por causa das chuvas.

Segundo Vinícius Dias Filho, chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, unidade científica e tecnológica da Codevasf, o peixamento dá continuidade ao trabalho de repovoamento que pode manter o estoque pesqueiro, proporcionando segurança alimentar com a facilidade de acesso ao pescado para a população, criando ainda oportunidade de geração de renda.

“A Codevasf já vem realizando esse trabalho de peixamento na lagoa do Pé Leve há décadas. Nos últimos anos, com a estiagem prolongada, a lagoa chegou a um estado de seca. Com isso, as espécies que já haviam sido inseridas pela Codevasf na lagoa em outras oportunidades praticamente desapareceram do local”, relatou o chefe do centro integrado.

O peixamento foi acompanhado por diversas pessoas do povoado de Limoeiro de Anadia, entre elas a família de Adilson Malaquias. Morador do local há 29 anos, ele defendeu que a comunidade deve respeitar o período de crescimento dos peixes para que se possa pescá-los no tamanho correto.

“Sempre que precisamos da mistura do almoço ou de um trocadinho, a gente vinha aqui na lagoa e tinha um peixinho para comer ou para vender. O que queremos agora é que a população tenha consciência do que está sendo feito hoje para que daqui a seis ou sete meses possamos ter essa atividade de pesca novamente. O tempo que ela passou seca, ficamos sem ter o que pescar. Agora quero que a população se conscientize e deixe o peixe crescer para não faltar o que pescar”, afirmou o agricultor e pescador.

Para ele, a lagoa do Pé Leve é uma fonte de sustento e renda que está na história de todos do povoado. “A Lagoa do Pé Leve é uma mãe de família. Sustentou muitas famílias por aqui. Desde pequeno, vejo os pescadores como seu Cícero Pescador, que criou toda a família a partir aqui da lagoa”, declarou Adilson Malaquias.