Cultura

Crespas e cacheadas participam de movimento cultural em Arapiraca

Por Juliana Amaral 17/07/2017 16h04
Crespas e cacheadas participam de movimento cultural em Arapiraca
Fotografia tirada durante o encontro. - Foto: Vanessa Souza

No último domingo (16), a cidade de Arapiraca, situada no Agreste de Alagoas, foi palco da primeira edição do Encontro de Pessoas Crespas e Cacheadas. O movimento realizado no Bosque das Arapiracas foi idealizado pela jovem Vanessa Souza, dona de um blog com dicas para quem tem cabelos crespos, cacheados ou está passando pela transição capilar para assumir seus cabelos naturais.

O projeto, inspirado em uma edição que aconteceu na cidade de São Paulo, busca mais empoderamento, inclusão e valorização da cultura afro, em especial, a aceitação de quem possui cabelos crespos ou cacheados.

Para que essa ideia saísse do papel e fosse bem executada, Vanessa contou com as parceiras das também blogueiras Adrielly Almeida e Mikaelly Sabrina, e com o apoio do Mariel, que atua como fotógrafo na cidade de Maceió. Durante o evento foram realizados sorteios com produtos disponibilizados de patrocinadores e parceiros, procurando sempre agradar as todas as participantes.

Com um propósito muito marcante e especial apesar de ser apenas a primeira edição, o projeto deve prosperar e se estender com novas adeptas. “O movimento foi feito com o intuito de apoiar e incentivar as cacheadas a aceitar seus cabelos da forma que eles são. Promovendo assim o nosso amor pelos cachos, mostrando que nós cacheadas devemos valorizar o que temos de mais bonito. É uma forma de mostrar a sociedade que cada um tem a sua beleza. E a nossa está nos nossos cabelos”, enfatiza Vanessa, blogueira e mentora do evento em Arapiraca.

A universitária Alice Duarte foi uma das cacheadas que esteve presente primeira edição do encontro e afirma ter se surpreendido com a quantidade de adeptas ao movimento. Ela aproveitou para elogiar a iniciativa da blogueira.

“Para mim, um movimento como esse é de suma importância porque vivemos em uma sociedade capitalista que infelizmente prega a padronização e a rotulagem de que o bonito é somente o cabelo alisado”, ressaltou Alice.