Futuro partido de Bolsonaro, PEN é o mais fiel a Temer em votação

BRASÍLIA - Partido pelo qual o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) pretende concorrer à Presidência da República em 2018, o PEN foi, ao lado do PSL, o partido mais fiel ao presidente Michel Temer na votação desta quarta-feira para rejeitar a denúncia de que o pemedebista cometeu crime de corrupção passiva ao supostamente receber propina da JBS.
PEN e PSL possuem, cada um, três deputados federais. Todos votaram por impedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue o pemedebista. Com a autorização negada por 263 deputados, ante 227 a favor, duas abstenções e 19 ausências, Temersó será julgado e investigado quando deixar a presidência – o mandato acaba em 31 de dezembro de 2018.
Bolsonaro, segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência em 2018, já anunciou que pretende se filiar ao PEN – que mudará de nome a pedido do deputado - para concorrer. O pré-candidato votou pelo prosseguimento da denúncia dizendo que “o Brasil precisa de um presidente honesto, cristão e patriota”.
Com 63 deputados, o PMDB do presidente Michel Temer ficou em seguida no índice de fidelidade ao Palácio do Planalto. Apenas seis pemedebistas votaram a favor da investigação – 10% do total. Além do PMDB, outras 14 legendas orientaram abertamente voto pela rejeição da denúncia - PP, PR, PSD, DEM, PTB, PRB, PSC, Pros, SD, PEN, Pode, PTdoB, PSL e PRP.
Desses, o PTB foi o que mais apoiou a permanência de Temer. Só dois dos 17 deputados votaram pelo recebimento da acusação. Os petebistas foram seguidos pelo PP (15% de “traição” a Temer), DEM (20%), PR (23%) e PRB (26%). Apesar de buscar ampliar seu espaço no governo, o PSD do ministro Gilberto Kassab deu 37% pela aprovação da denúncia. PSC e SD tiveram mais de 40% dos deputados contrários ao pemedebista.
Com cargos na Esplanada dos Ministérios, quatro partidos não apoiaram formalmente o governo: PSDB, PSB e PPS, que defenderam o afastamento do presidente do cargo, e o PV, que liberou seus deputados para votarem como quisessem.
No PSB, a maioria seguiu a orientação e votou pela saída de Temer. No PPS, 9 dos 10 deputados também optaram pelo julgamento. O PV acabou com 4 votos a 3 a favor da denúncia. Já o PSDB, com quatro deputados ausentes, terminou com maioria pró-Temer: 22 a 21.
Ao todo, 125 deputados de partidos com cargos no governo defenderam nos microfones o afastamento de Temer no cargo.
Já nos partidos de oposição (PT, Rede, PCdoB, Psol, PDT e PMB), só um deputado votou contra a denúncia: Roberto Góes (PDT), ex-prefeito de Macapá, aliado do ex-presidente José Sarney (PMDB) e que esteve com Temer na segunda-feira. Mais votado do Estado em 2014, Góes já foi preso na operação Mãos Limpas e condenado em outro processo, por peculato.
Veja também
Últimas notícias

Acusado de tráfico de drogas é preso no bairro Clima Bom, parte alta de Maceió

Petrobras terá que pagar R$ 36 milhões por danos ambientais

Homem é preso por porte irregular de arma de fogo no bairro Santos Dumont, em Maceió
PCdoB questiona na Justiça lei que cria dia em homenagem às vítimas do comunismo

Após resultado, Neto Bomfim comemora vitória com apoiadores na sede da UVEAL em Maceió

Homem é morto a tiros enquanto atendia cliente em barbearia em São Miguel dos Campos
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
