O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no Brasil foi praticamente abandonado pelo governo federal. As consequências para a população estão nos noticiários do país, inclusive na mídia de um estado vizinho de Alagoas, Sergipe, onde o serviço parou, segundo declarações feitas pelo governador Renan Filho nesta quarta-feira (30), em Arapiraca, Agreste alagoano.

Para evitar que as políticas de corte em áreas sociais, adotadas pelo Presidente Michel Temer, prejudiquem ainda mais a população alagoana, Renan Filho anuncia investimentos próprios do governo estadual para a completa reestruturação do Samu.

“Ter o Samu funcionando com qualidade é muito importante para ao próprio funcionamento da rede de saúde, como um todo, e nós aqui em Alagoas não estamos aceitando que a crise afete o nosso estado. Em outros estados do Brasil, como Sergipe, o Samu parou, não funciona mais porque o governo federal não manda ambulância há muito tempo e aqui nós compramos, com recursos próprios, 40 novas ambulâncias e hoje entregamos as vinte primeiras”, disse Renan Filho durante a solenidade de entrega dos veículos que irão atender as macro regiões de Arapiraca e de Maceió.

O governador também afirmou que todas as bases do Samu em Alagoas serão reformadas. “Isso nunca houve, Alagoas nunca teve suas 52 bases do Samu funcionando ao mesmo tempo”, afirmou Renan Filho, acrescentando que 30 bases já contam com ambulância nova. Ele disse ainda que, de forma inédita, também haverá veículos reserva para o Samu, assegurando assim a substituição imediata de veículo, quando houver necessidade.

Outro aspecto destacado é a disponibilidade de helicóptero ‘novinho’ para o resgate de pacientes quando o resgate por terra não for possível ocorrer de forma rápida ou ainda para os casos de transferência de pacientes entre unidades de saúde.

Segundo o governador de Alagoas, o helicóptero usado anteriormente pelo Samu já tinha 30 anos de uso. “Alagoas passou muito tempo sem investimento”, destacou, anunciando a contratação de 150 médicos para o Hospital de Emergência do Agreste (HE do Agreste) e ampliação do número de leitos.