Varas da Família de Arapiraca são exemplo de produtividade no Judiciário alagoano
Menor índice de congestionamento de processos do estado
Quando se analisam as unidades com menor número de processos em estoque, a 7ª, 9ª e 10ª Varas da Família de Arapiraca se destacam como as que possuem o menor índice no interior do Estado.
Em 2017, taxa de congestionamento dessas unidades está em 47%, 40% e 30%, respectivamente, conforme dados da divisão de estatísticas da Assessoria de Planejamento e Modernização do Poder Judiciário de Alagoas (APMP).
Segundo o TJ Alagoas, a taxa de congestionamento indica a quantidade de processos que passam de um ano para outro sem chegar à sua finalização, considerando o acervo presente no início do ano e os que entraram no período.
Os dados levantados consideram apenas os processos finalizados (baixados) até outubro de 2017, e mostram que a maioria dos processos dessas unidades já passou por todos os trâmites.
Investimento em conciliações
Para o juiz André Gêda, titular da 10ª Vara Cível da Família de Arapiraca, unidade com menor taxa de congestionamento da Justiça de Alagoas, o maior beneficiado é o jurisdicionado, que tem uma prestação de serviços mais célere.
De acordo com o magistrado, para chegarem à taxa de 30% de congestionamento foram necessários planejamento e trabalho em equipe. “Para isso ocorrer, nós investimos em duas vertentes: maximizar o número de conciliações e cortar rotinas cartorárias desnecessárias. Com isso, conseguimos agilizar o trabalho na unidade. É um trabalho feito em equipe. Anualmente, fazemos um plano de ação, que é encaminhado à APMP, além de reuniões periódicas de avaliação de desempenho”, contou.

Segundo o juiz André Gêda, planejamento e trabalho em equipe são importantes para reduzir o congestionamento processual. Foto: Caio Loureiro
Mutirões evitam congestionamento
O chefe de secretaria da 9ª Vara Cível da Família de Arapiraca, Maxwell Lúcio Barbosa, disse que na unidade o planejamento e o apoio do magistrado foram os principais fatores para se chegar à taxa de congestionamento de 40%.
“Nós tentamos identificar as pessoas que têm maior facilidade com determinados processos e documentos a serem emitidos e distribuímos as tarefas. Eventualmente, fazemos um rodízio para não virar rotina, de um servidor realizar apenas um tipo de serviço”, explicou o servidor.
“Quando temos uma fila de trabalho que começa a congestionar, fazemos uma espécie de mutirão e distribuímos os processos dessas filas de maneira sequencial. Temos bons servidores e estagiários, então é distribuído para cada servidor e, se necessário, para os estagiários também. O magistrado [André Avancini] também tem sido bem dinâmico, tem decidido os processos com muita rapidez e não vem acumulando nem decisões, nem despachos”, frisou o chefe de secretaria.
O assessor Lênio Brandão conta que a maioria dos processos da 9ª Vara de Arapiraca já são resolvidos na conciliação, o que traz celeridade no andamento de muitos processos. Ele destacou ainda a importância da resolução rápida das ações para o jurisdicionado. “Todo mundo que entra com um processo quer a conclusão dele, então nós tentamos fazer isso e resolver da melhor forma”.
“Se a petição inicial entra hoje, ela é despachada hoje mesmo”
Na 7ª Vara da Família e Sucessões de Arapiraca, a taxa de congestionamento ficou em 47%. De acordo com a juíza titular, Ana Raquel da Silva Gama, os números são resultado de um trabalho feito em equipe, com muita dedicação, empenho e amor.
“Eu trabalho além da unidade, em casa, com a possibilidade da automação com o SAJ, assim podemos trabalhar de forma até mais efetiva, porque na unidade nós atendemos as partes, os advogados e os servidores. Um ponto muito importante é a figura do assessor, que ajuda muito em todo esse processo”, destacou.
A juíza Ana Raquel contou ainda que na Vara foram adotadas algumas práticas para diminuir o número de processos congestionados. “Sempre peço para os advogados deixarem os telefones das partes na petição, então, em caso de divórcios consensuais, por exemplo, nós intimamos logo e já marcamos a audiência para a outra semana. Na unidade, se a petição inicial entra hoje, ela é despachada hoje mesmo”.
E completou: “Então, é isso, muito trabalho, um cartório eficiente e um assessor eficiente. Porque nós somos pagos com os impostos da população, então precisamos passar o melhor serviço para ela. Essa é a visão que eu tenho e tento passar para o pessoal que trabalha comigo”.

Para a juíza Ana Raquel Gama, a Justiça deve oferecer o melhor serviço à população. Foto: Caio Loureiro
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