Abastecimento de água em Piaçabuçu é garantido pela Casal
O governador em exercício Luciano Barbosa se reuniu, na tarde desta segunda-feira (11), com o prefeito de Piaçabuçu, Djalma Beltrão, várias autoridades e técnicos da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal para definir para definir compromissos que garantam o abastecimento de água no município, a curto e a médio prazos.
O principal problema em Piaçabuçu é o avanço da cunha salina no rio São Francisco, onde é feita a captação de água para o abastecimento da cidade. A salinização está sendo provocada pela baixa vazão, reduzida a menos de 500 m³ por segundo.
"A água que chega é salgada e não serve nem para tomar banho, porque queima os olhos. O povo está com sede e com pressa", descreveu o prefeito de Piaçabuçu.
Para resolver o problema em definitivo, a Casal está executando um projeto que vai fazer a captação da água seis quilômetros acima do ponto onde é realizada hoje, no povoado Penedinho. A obra, que contempla ainda a instalação de uma adutora, está orçada em R $ 1,6 milhão e encontra-se 90% pronta.
Segundo o superintendente de Negócios do Interior da Casal, Eduardo Almeida, a previsão para o término dos serviços seria para este mês, mas a empresa que fornece as bombas atrasou a entrega dos equipamentos. Dessa forma, a obra deve ser concluída no final de janeiro de 2018.
No encontro desta segunda-feira ficou definido que a Casal garantirá o abastecimento de água de Piaçabuçu e do bairro Paciência por 14 horas diárias, em dois intervalos de 7 horas cada um. Nas demais 10 horas, a captação fica impossibilitada por conta da variação da maré.
O vice-presidente da Casal, Osmar Lisboa, comprometeu-se em buscar informações para saber como anda a execução do projeto executivo para a construção de um reservatório pulmão, orçado em R $ 2 milhões, e que complementará as obras de melhoramento, elevando a segurança hídrica do sistema.
De acordo com ele, o projeto executivo passou para a responsabilidade da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), por recomendação do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Enquanto o reservatório pulmão não é construído, o governador em exercício sugeriu a compra e a distribuição de caixas d'água para a população carente, sobretudo do bairro Paciência, localidade mais prejudicada pelo desabastecimento.
"Vamos avaliar a possibilidade de utilizar recursos do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep) para esse fim. É uma ideia", sugeriu Luciano Barbosa. O bairro Paciência já conta com o auxílio de um caminhão-pipa, que faz o atendimento emergencial àquela comunidade.