Agreste

Greve de servidores da Educação em município do Agreste continua

Agentes de saúde também paralisaram trabalho por falta de pagamento

Por Fernando Vinícius/7Segundos 11/01/2018 11h11
Greve de servidores da Educação em município do Agreste continua
Servidores da prefeitura de Campo Grande cobram salários atrasados - Foto: Jânio Barbosa/7Segundos

Funcionários da Secretaria de Educação de município localizado na região Metropolitana do Agreste alagoano mantêm a greve deflagrada no final do ano passado por falta de pagamento do 13º salário.

O protesto que acontece em Campo Grande – cidade cujo gestor Arnaldo Higino é investigado por envolvimento em suposto esquema de desvio de recursos públicos – tem adesão dos agentes de saúde, categoria que não recebeu o 13º de 2017 e nem o salário de dezembro, segundo informações passadas ao 7Segundos por Ivan Ponciano, presidente do Sindicato dos Servidores de Campo Grande.

Ainda de acordo com o sindicalista, as demais categorias do funcionalismo municipal trabalham normalmente e as que estão paralisadas mantêm 30% das atividades, conforme determina a Lei de Greve.

A manifestação deve ser estender até a próxima semana porque a retomada do serviço depende da quitação do débito, o que já poderia estar em fase mais adiantada. Porém, a prefeitura de Campo Grande não havia informado à empresa que presta serviços a respeito da folha de dezembro.

“O que nos foi passado é que a empresa trabalha para vinte e duas prefeituras de Alagoas e também para Câmaras de Vereadores, em alguns casos, mas somente a prefeitura de Campo Grande não atualizou dados para a empresa”, explica Ivan Ponciano.

Para corrigir os erros da própria gestão, representantes do governo conseguiram copiar arquivos dos computadores apreendidos pela polícia durante operação coordenada pelo Ministério Público Estadual.

Acontece que o pen-drive utilizado para armazenar os dados não abriu o arquivo por completo, o que caracteriza a mais recente trapalhada da gestão de Arnaldo Higino e seu filho e vice-prefeito, Igor Higino.

Por conta dessa sucessão de erros, a segunda audiência pública agendada para amanhã (sexta-feira, 12) foi cancelada. Uma nova reunião deverá ser convocada pela promotoria de justiça de Campo Grande para solucionar os problemas na cidade.