Filha de uma das vítimas de triplo em Teotônio denuncia estupro e desaparecimento

Em entrevista exclusiva ao 7Segundos, a filha de uma das vítimas mortas na madrugada da terça-feira (13), na cidade de Teotônio Vilela, Erika Jussara, revelou detalhes da ação dos criminosos e denunciou o desaparecimento de seu marido e o estupro de sua irmã, que segundo ela, foi cometido pelo mesmo bando.
As vítimas fatais são a mãe de Erika, Sirlene da Silva, o padrasto dela, Altemir Terto da Silva e um jovem criado pelo casal, identificado apenas como Nego Nois. Erika ainda relata o estupro de sua irmã Bianca da Silva e alega que ela e a filha de quatro anos foram espancadas pelos assassinos.
Ela conta que toda a família dormia, quando por volta das 3h o bando chegou a residência se identificando como policiais, ordenando que fossem apresentadas armas e drogas. Erika contou ter dito aos assassinos que a família sobrevive ‘de carroça’, em referência à atividade de carroceiro. Erika relata quem além de encapuzados, os homens vestiam camiseta preta, com emblema amarelo e carregavam fuzis e metralhadoras.
Apesar dos indícios, Érika disse não acreditar se tratar de policiais, mas não soube a quem atribuir o crime.
Os criminosos ainda levaram o celular de uma das vítimas e a quantia de R$ 140 em espécie, valor referente ao Bolsa Família, segundo relato da jovem.
Depois de executar o trio, eles levaram a irmã de Érika para um matagal, onde a estupraram usando um cassetete e em seguida a liberaram. Já o marido de Érika, Leonildo Farias dos Santos, foi levado pelos criminosos e continua desaparecido.
É também de Érika a informação de que ela e o marido, natural de Coruripe, haviam se mudado para Teotônio há apenas dois meses.
Histórico
A mãe de Érika tinha passagens pela polícia, entre elas, uma por envolvimento na morte do italiano Nicholas Pignataro e do alagoano Edson da Conceição, além de passagem por tráfico de drogas. Em 2008 e 2009, mas ela já havia cumprido penas pelos assassinatos e terminava a pena por tráfico em regime aberto.
Suspeita
Informações preliminares apontam que o corpo de Leonildo Farias dos Santos, levado pelos criminosos, foi encontrado com mãos e pés amarrados e um tiro de arma calibre 12 na cabeça, em localidade próximo à usina Guaxuma, em um canavial, mas a polícia ainda não confirma o achado de cadáver.
Assista entrevista da filha de uma das vítimas
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