PGR vai analisar fala de Gleisi sobre Lula para Al-Jazeera
A Secretaria Penal da PGR (Procuradoria Geral da República) abriu procedimento para analisar se vai ou não investigar as declarações da presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, para a emissora de televisão árabe Al-Jazeera. Foi instaurada uma "notícia de fato", um primeiro passo para que essa averigue uma denúncia. Nessa etapa, são colhidas informações preliminares para, depois, deliberar sobre uma eventual instauração de procedimento investigatório.
Ao longo da quarta-feira (18), dia em a gravação foi divulgada, a secretaria recebeu reclamações de cidadãos e do deputado federal Major Olímpio (PSL-SP) contra Gleisi. O parlamentar usou como argumento no ofício à PGR a Lei de Segurança Nacional e disse que a senadora atentou contra a soberania nacional.
No vídeo divulgado pela emissora árabe, Gleisi diz que Lula seria um "preso político". Para ela, "o objetivo da prisão é não permitir que Lula seja candidato na eleição deste ano" e convida "a todos e a todas" a se juntarem à campanha pela libertação do ex-presidente, que está na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril.
Olímpio aponta que a senadora "denuncia a todo o 'mundo árabe' a situação do preso condenado Luiz Inácio Lula da Silva, e, ao final, convoca para que se unam a eles para que lutem pela liberdade do condenado pela justiça brasileira".
"Excelência, tal ato é gravíssimo", escreveu o deputado à procuradora-geral da República, Raquel Dodge. A questão, porém, será decidida pela subprocuradora Raquel Branquinho.
"É válido ressaltar que os países em que é veiculada essa rede televisiva utilizada pela senadora citada e seu partido, alcança regiões em que há concentrações de diversos grupos terroristas, colocando em risco também a segurança nacional do Brasil", pontuou Olímpio no ofício.
A PGR não divulgou o teor das outras representações nem informou a quantidade de pessoas que pediram o procedimento contra Gleisi. Não há prazo para que haja uma resposta sobre os pedidos.
Em manifestações posteriores à repercussão do vídeo, Gleisi sustentou que concedeu várias entrevistas com o mesmo teor para emissoras de outros países, como CNN (norte-americana) e BBC (britânica). Ela considera uma ignorância e preconceito em relação ao mundo árabe as críticas que sofreu.
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