OAB investiga como traficante se tornou advogado na Bahia com documento falso

Após fugir da cadeia, um traficante do Morro da Serrinha, que fica em Madureira, na Zona Norte do Rio, se mudou para a Bahia tentar recomeçar a vida. Ele estudou, se formou em Direito e até conseguiu passar na prova da Ordem dos Advogados do Brasil.
Anderson Luiz Moreira da Costa virou Adson Moreira de Menezes. O mesmo rosto, mas fichas criminais bem diferentes. As impressões digitais confirmaram o que a polícia já suspeitava. Os dois homens são a mesma pessoa.
Quando era Anderson, o homem chefiava o tráfico do Morro da Serrinha. Isso ocorreu entre a década de 1990 e início dos anos 2000. Na comunidade, ele era conhecido como "Espinha", por causa de uma cicatriz na barriga.
"Além de tráfico de drogas, ele também tem passagem por latrocínio e por porte de armas. Aí, denota-se que era uma pessoa violenta", contou a delegada titular da 77ª DP (Icaraí), Raíssa Celles.
Anderson cansou de fugir da polícia do Rio. Depois de fugir da prisão, juntou dinheiro, arranhou documentos falsos e sumiu. Por mais de dez anos, ele se escondeu em Salvador, capital da Bahia.
Já como Adson, Anderson abriu negócios: um restaurante, uma loja de instrumentos musicais e outra de peças de motos.
"A gente identificou que na Bahia ele fez faculdade de Direito, se formou e atuava como advogado com OAB, legalmente retirada no estado da Bahia", explicou a delegada.
O falso Adson chegou a ser aprovado num concurso público como estagiário de uma penitenciária baiana. Em 2019, o homem terminaria uma pós-graduação em Ciências Criminais, e pretendia dar aulas em universidades.
Anderson foi preso por agentes da 77ª DP (Icaraí). Ele tinha em seu nome três mandados de prisão por latrocínio e tráfico. Agora, o Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA) apura a situação.
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