Arapiraca recebe minicurso gratuito de Literatura de Cordel
Recentemente, a literatura de cordel foi declarada como “Patrimônio Cultural do Brasil” pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Já não era sem tempo.
O estilo literário é um dos mais conhecidos no Nordeste brasileiro, aliando rimas ricas com o contexto pobre de seu povo, o que dá uma equação cheia de sofrimento, mas transposta para o papel com muita criatividade e, paradoxalmente, bom humor.
Assim, Arapiraca realizará neste mês de outubro e em uma parte de novembro o “Minicurso de Confecção e História de Cordel”, ministrado por Zé de Quinô, em uma realização do Sesc Arapiraca.
Zé de Quinô é o pseudônimo – que pode ser lido em cordéis espalhados pelas bancas de revista da cidade – do professor e mestrando em História, Daniel Alves, um profundo pesquisador das relações étnico-raciais com ênfase no Agreste alagoano, na Cultura Popular, Análise de Discurso, Cultura, Memória e Identidades.
O minicurso acontecerá nos dias 22, 23, 25 e 29 de outubro e 1 de novembro, das 18h às 22h na Biblioteca do Sesc Arapiraca, que fica situada na Rua Manoel Francisco Cazuza, bairro Santa Edwiges.
Segundo o professor Daniel Alves (ou simplesmente Zé de Quinô), a literatura de cordel é uma das nossas mais importantes expressões da Cultura Popular.
“Caracterizada por uma poética com base na oralidade, ao longo de seu desenvolvimento na nossa região, o cordel contribuiu na construção idenitária do povo nordestino. É composto de pequenos livros de valor acessível, os quais são impressos em papel de baixo valor comercial e expostos à venda dependurados em barbantes presos por pregadores de roupas nas feiras livres. E grande parte de suas capas trazem ilustrações em xilogravura. Sua forma é rigorosamente baseada em rimas e versos, o que facilita sua memorização e assimilação pelas populações subalternizadas. Suas temáticas são variadas, perpassando por temas fantásticos, sociais, cômicos, trágicos, políticos e culturais. Já o seu valor histórico, inestimável, pois pode servir de fonte para a historiografia, na medida em que se considerem seus produtores verdadeiros cronistas de seu tempo”, pontua ele.
Nesse minucurso, ao final, os participantes serão capazes de fazer seus próprios livretos e suas próprias histórias.
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