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Conter e Vigilância Sanitária confirmam que artefato encontrado em ferro velho de Arapiraca traz riscos para a população

Achado de suposta cápsula de Césio-137 teve repercussão nacional

Por Patrícia Bastos 23/01/2019 11h11
Conter e Vigilância Sanitária confirmam que artefato encontrado em ferro velho de Arapiraca traz riscos para a população
Artefato não contém Césio-137 - Foto: Assessoria

A informação sobre o achado de uma cápsula que supostamente continha Césio-137 em um ferro velho em Arapiraca, na tarde da última terça-feira (22), ganhou repercussão nacional. Reportagens em veículos de comunicação ressaltavam o risco de acidente radioativo, semelhante ao ocorrido em 1987 em Goiânia, quando centenas de pessoas foram contaminadas depois que catadores de lixo manipularam artefato similar ao encontrado no Agreste alagoano.

O Conselho Nacionral de Técnicos em Radiologia (Conter), emitiu nota informando que o artefato não apresenta risco de acidente radioativo. "O elemento suspeito é apenas uma ampola de raios X, que não contém Césio-137. O artefato não oferece qualquer risco para a saúde. A ampola não contém e não emite radiação ionizando nas condições em que se encontra. A peça só produz raios X quando acionada no equipamento, por meio da energia elétrica", informou.

A nota da entidade foi utilizada como base para a reportagem veiculada na manhã de hoje (23), no Bom Dia Brasil da TV Globo, que afirmou estar descartada a possibilidade de acidente radiológico ocorrido em Goiânia no passado e que a primeira informação divulgada pela prefeitura de Arapiraca sobre o caso não tinha embasamento científico.

A Vigilância Sanitária Municipal confirmou na manhã de ontem que material não contém Césio. O coordenador do órgão, Edilson Melo, declarou que, apesar de ocorrer algum risco de radiação, está descartada a hipótese de acidente de grandes proporções.

"Existiria o risco para a pessoa, se o tubo tivesse sido aberto, mas agora ele está em um local seguro. Não há mais risco que isso aconteça", afirmou.

Segundo a prefeitura, a ampola passou pela análise da Máxima, empresa que faz recolhimento de material químico e radioativo.